Pessoas mais jovens estão tendendo a querer cada vez mais casas compartilhadas, imóveis alugados ou com contratos flexíveis. Como isso afeta a companhia?
No mercado desde 1997, a Plano & Plano Construções e Empreendimentos Ltda surgiu com o propósito de ser uma das mais importantes companhias do segmento imobiliário no país. Com a Cyrela Brazil Realty S.A, no ano de 2006, formou uma joint venture que ocasionou no nascimento da Plano & Plano Construções e Participações Ltda.
A companhia passou a ser líder no mercado competitivo na cidade de São Paulo e é, hoje, referência no setor habitacional de baixa renda. A zona leste de São Paulo ocupa mais de 40% do Landbank, seguida da zona sul, com 29%.
São 17 as cidades (em três estados diferentes) em que a Plano e Plano entregou projetos, sendo a maioria deles na região metropolitana de São Paulo. A atuação da companhia é voltada principalmente em construções residenciais de até R$ 240 mil, com financiamento na esfera do SFH (sigla para Sistema Financeiro de Habitação), inclusive pelo Programa Federal Casa Verde e Amarela.
A vantagem competitiva da companhia está principalmente na forte atuação em São Paulo, que apresenta a maior produção do setor no país e maior perspectiva de crescimento e, além disso, possui uma forte demanda por moradia. A empresa conta ainda com uma vasta expertise no segmento, no mercado há mais de 20 anos.
O cenário macroeconômico não foi favorável à companhia no último ano, já que houve a maior recessão econômica dos últimos tempos. A pandemia da Covid-19 acarretou na paralisação de obras por conta do distanciamento social, do recuo no consumo de bens não essenciais e dos investimentos.
Apesar disso, as quedas na taxa básica de juros (SELIC) conseguiram antecipar a recuperação econômica, sendo que o crédito imobiliário é extremamente sensível à essa taxa. Mesmo com o retorno de altas da SELIC, é esperado que tais taxas se mantenham em patamares de 5% ou 6% nos próximos anos.
Os números da companhia no último ano trimestre – primeiro trimestre de 2021 – vieram fortes em comparação com o primeiro trimestre de 2020. O lucro líquido da companhia foi de R$ 50 milhões, alta de 145,2%, com margem líquida de 16%, ante 10,3% no mesmo período do ano anterior. As vendas líquidas cresceram 58,8% na comparação do 1TRI de 2020 com o 1TRI de 2021.
Não obstante, é preciso levar em consideração que o comportamento da nova geração não é o mesmo dos nossos pais e avós: conquistar a tão sonhada casa própria. Ao invés disso, pessoas mais jovens estão tendendo a querer cada vez mais casas compartilhadas, imóveis alugados ou com contratos flexíveis, principalmente pelo financiamento ser, geralmente, tão longos. Precisamos nos manter antenados ao que a “geração Z” tem a dizer. Boa sorte, milênios!
Fonte: Os Melhores Investimentos – 30/07/2021