Destaques do dia

Governo estuda alterar o teto para acomodar Bolsa Família, Guedes aposta em sintonia com Onyx para a criação de políticas trabalhistas; e mais

4 Minutos de leitura

Segundo sinalização de aliados, o governo pode alterar o teto de gastos para encaixar o novo Bolsa Família. O episódio marca mais um cabo de guerra entre Guedes e o centrão.

Com poder de influência reduzido, o ministro da Economia deve apostar na sintonia com o novo ministro do Emprego e Renda para a criação de políticas de geração de emprego.

Na agenda, o destaque do dia no Brasil fica para a publicação da taxa de desemprego do IBGE.

Nas bolsas, os bichos-papões que geraram o sell-off no início da semana voltaram a derrubar os índices no início desta manhã.

Esses e outros destaques você confere agora.

TETO DE GASTOS DEVE SER ALTERADO PARA ENCAIXAR O NOVO BOLSA FAMÍLIA

Segundo uma reportagem publicada pelo Estadão, aliados do governo articulam para que a ampliação do Bolsa Família seja bancado com recursos fora do limite de despesas, ou que o teto de gastos seja alterado para acomodar o programa.

A ampliação do programa social é um dos pilares de sustento da campanha de Bolsonaro. Hoje, o programa atende 14,7 milhões de famílias e paga R$ 189 na média. Com a ampliação, ele deve pagar, segundo sinalizações de Bolsonaro, R$ 300 reais e alcançar 17 milhões de famílias.

Não é a primeira vez que as alterações no Orçamento são discutidas. Na semana retrasada, o governo enviou um projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para permitir que propostas legislativas enviadas pelo Executivo, que ainda não tenham aprovação do Congresso, entrem como medidas de compensação financeira.

Agora, porém, a situação é um pouco diferente. As recentes discussões acontecem na Casa Civil, que agora está sob o comando do senador Ciro Nogueira (PP-PI), do centrão. A nomeação, oficializada na recente reforma ministerial promovida pelo Planalto, deixa o principal bloco aliado ao presidente no Congresso Nacional com domínio sobre o Orçamento.

No Ministério da Economia, a discussão continua a mesma: acomodar os gastos do Bolsa Família no teto de gastos. A reforma ministerial, porém, dilui o poder de influência de Paulo Guedes.

Segundo cálculos da equipe econômica, a “folga” no Orçamento é de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões. A reformulação do Bolsa Família gastaria R$ 26,2 bilhões desse espaço livre.

GUEDES APOSTA EM SINTONIA COM ONYX PARA TRATAR DE POLÍTICAS DE EMPREGO

Enquanto a reforma ministerial cria um cabo de guerra entre a pasta de Guedes e o centrão, o ministro da Economia aposta na sintonia com Onyx Lorenzoni, agora ministro do Emprego e Renda, para tratar de assuntos trabalhistas.

“O ministério vai seguir com o nosso ministro Onyx Lorenzoni e o nosso secretário-geral, Bruno Bianco, na mesma direção, totalmente alinhado com as nossas políticas”, disse Guedes ontem (29) ao anunciar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo Guedes, a sintonia deve gerar políticas de geração de emprego, como o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação (BIQ).


Saiba mais

Governo quer alterar o Orçamento deste ano para viabilizar a criação do programa substituto do Bolsa Família


AGENDA

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação da taxa de desemprego pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são publicados às 9h da manhã, com expectativa de manutenção da taxa de 14,7% registrado na última publicação.

Um pouco mais tarde, às 9h30 da manhã, são publicados os dados do balanço orçamentário do país referente ao mês de junho. O balanço é divulgado pelo Ministério da Fazenda.

Às 14h, é publicado o Índice de Evolução de Emprego do CAGED.

Na Europa, o dia é marcado pela publicação de dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Preços no Consumidor (IPC) dos países.

Na França, dados preliminares do PIB indicam que o crescimento econômico do país no segundo trimestre de 2021 deve ficar em 0,9%, recuperando a economia após a queda de -0,1% no trimestre imediatamente anterior.

Na Alemanha, o PIB preliminar para o segundo trimestre do ano ficou em 1,5%, abaixo das expectativas de 2,0%, mas recuperando a economia após a queda de -2,1% no trimestre anterior.

Na Espanha, o PIB preliminar para o segundo trimestre ficou em 2,8%. No trimestre passado, a economia havia recuado em -0,4%.

Na Itália, o PIB preliminar fixou em 2,7%, acelerando ante a alta de 0,2% do trimestre anterior.

Na Zona do Euro, o PIB preliminar ficou em 2,0%, recuperando a economia após a queda de -0,3% do trimestre anterior.

Quanto ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) preliminar francês, a inflação ficou em 0,1% no mês de julho. Na Itália, ficou em 0,3%. Na Zona do Euro, o índice ficou em -0,1%.

Às 9h30 nos Estados Unidos, o Índice de Preços PCE é publicado pelo US Department of Commerce.

Para fechar o dia, às 22h, a China publica seu Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) industrial e composto.

BOLSAS E CÂMBIO

As bolsas europeias iniciaram a manhã desta sexta-feira (30) registrando baixas nos seus principais índices.

Os fatores que marcaram o sell-off no início da semana voltam a ser pauta. Para começar, as pressões regulatórias chinesas enviaram uma onda de choque no mercado financeiro, que teme que o protecionismo do país atinja o setor de tecnologia.

Além disso, a alta de novos casos da variante Delta do novo Coronavírus segue amedrontando o mercado financeiro, que já considerava a aplicação de lockdowns um assunto superado.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -0,58%, indo a 461,16 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,77%, indo a 15.520,35 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,80%, indo a 7.021,85 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,15%, indo a 6.623,99 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,43%, indo a 25.406,50 pontos

As bolsas asiáticas fecharam com saldos negativos nesta sexta-feira (30). No Japão, o número de novos casos de COVID-19 atingiu um recorde enquanto as Olimpíadas acontecem no país.

Mesmo com boas perspectivas de crescimento econômico, os investidores já se preocupam com possíveis restrições sociais e medidas que visam controlar o avanço da doença.

Essas medidas sanitárias, que são importantes, acabam freando a atividade econômica do país.

  • Hang Seng (HK50): -1,28%, indo a 25.908,00 pontos
  • KOSPI (KS11): -1,24%, indo a 3.202,32 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): -0,42%, indo a 3.397,36 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -1,80%, indo a 27.283,59 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,81%, indo a 4.811,17 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,96%, indo a 14.904,00 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,20%, indo a 35.013,00 pontos
  • S&P 500 Futuros: -0,57%, indo a 4.393,90 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (30):

  • Às 9h05, o Dólar subiu +0,19%, a R$ 5,08
  • Às 9h05, o Euro subiu +0,16%, a R$ 6,04

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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