Em entrevista à CNN, Guedes apontou inimigos conhecidos como responsáveis pela alta inflação brasileira. Segundo ele, porém, esse efeito é observado no mundo inteiro.
Na reta final, a CPI da Covid deve ser substituída por uma frente parlamentar. Na próxima segunda-feira (18), os senadores devem ouvir o pneumologista Carlos Carvalho.
Na agenda, atenção para a publicação dos dados inflacionários dos Estados Unidos.
No aguardo por dados econômicos, o mercado amanhece registrando resultados mistos.
Esses e outros destaques você confere agora.
GUEDES: “A INFLAÇÃO ESTÁ NO MUNDO TODO”
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a alta nos preços dos alimentos e energia elétrica são os grandes vilões da inflação brasileira em 2021. Segundo ele, porém, a inflação é sentida no mundo inteiro.
“A inflação está em todo o mundo. Metade da inflação é exatamente comida e energia. Por isso, nossa proteção [social] ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse Guedes à CNN.
Guedes está em Washington, onde participará de uma reunião com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, o Brasil gastou 10% a mais que os países desenvolvidos para preservar as vidas brasileiras durante a pandemia, e “o dobro de gastos” comparado com outros países emergentes.
Mais uma vez, o ministro aponta para os “barulhos políticos” que acabam atingindo a economia, de uma parcela da população que, segundo ele, “não aceita o resultado” de 2018.
Embora os efeitos inflacionários sejam sentidos no mundo inteiro, com um mercado de olho no índice dos Estados Unidos e possíveis altas nos juros básicos do país, a inflação acumulada brasileira está bem acima do observado em grandes países desenvolvidos e emergentes.
Atualmente, a inflação brasileira dos últimos 12 meses soma 10,25% de acordo com dados do IBGE. Nos Estados Unidos, a inflação acumulada é de 5,3%. Na União Europeia, a inflação está a 2,5%.
Comparado com colegas na América do Sul, a inflação brasileira só está menor que a da Venezuela (2720%) e Argentina (51,4%).
De acordo com dados da Trading Economics, a inflação acumulada brasileira é a 24ª maior do mundo.
CPI DA COVID SERÁ SUBSTITUÍDA POR FRENTE PARLAMENTAR
De acordo com uma decisão nesta terça-feira (12), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do governo federal e estados durante a pandemia de COVID-19, será substituída por uma frente parlamentar.
O nome da frente será ‘Frente Parlamentar Observatório da Pandemia de covid-19’, e poderá propor mudanças legislativas para melhor combater a pandemia no país.
Na reta final, a CPI desistiu de ouvir, pela 3ª vez, o ministro da Saúde do país, Marcelo Queiroga, e optou por convocar o pneumologista Carlos Carvalho, coordenador na definição de diretrizes para o tratamento de pacientes com COVID-19, que deve ser ouvido na próxima segunda-feira (18).
Carvalho pediu, na semana passada, pelo adiamento da análise de um relatório sobre a recomendação do chamado “kit covid”. O estudo encontrava que os medicamentos não são eficazes contra a doença, e a CPI suspeita de uma possível interferência do Planalto no adiamento do relatório.
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AGENDA
Na agenda do dia para o Brasil, o índice de confiança do consumidor Reuters/Ipsos de outubro é publicado às 12h.
Ainda no Brasil, dados do fluxo cambial estrangeiro são publicados às 14h30 pelo Banco Central (BC).
Durante a madrugada, dados da balança comercial chinesa foram publicados. O país teve um superávit de US$ 66,76 bilhões no mês de setembro, ficando bem acima das projeções de economistas (US$ 46,80 bilhões) e acelerando frente aos dados do mês imediatamente anterior (US$ 58,34 bilhões).
No Reino Unido, o Produto Interno Bruto (PIB) de setembro foi de 0,4%, um pouco abaixo do aguardado, mas recuperando da queda de -0,1% do mês imediatamente anterior.
Ainda no Reino Unido, a produção industrial referente ao mês de agosto subiu 0,8% frente aos resultados do mês imediatamente anterior (0,3%).
Na Alemanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de setembro subiu 0,3% em setembro frente aos dados do mês imediatamente anterior (0,3%).
Na Zona do Euro, a produção industrial caiu -1,6% em agosto frente aos dados do mês imediatamente anterior (1,4%).
Nos Estados Unidos, o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) foi publicado às 8h.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos será publicado às 9h30 pela U.S Bureau of Labor Statistics. A expectativa é de crescimento de 0,3% em setembro.
Para terminar o dia, às 22h30, a China publicará seus dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) referentes ao mês de setembro.
BOLSAS E CÂMBIO
Reagindo à publicação dos dados econômicos da Europa, incluindo a produção industrial da Zona do Euro e o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido, as bolsas do continente registram resultados mistos na manhã desta quarta-feira (13).
Os economistas também aguardam pela publicação dos dados inflacionários dos Estados Unidos, com a expectativa de crescimento de 0,3% no índice de setembro, o mesmo dado registrado no mês imediatamente anterior.
Investidores seguem de olho na crise da cadeia de abastecimento de suprimentos dos EUA.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,52%, indo a 459,60 pontos
- DAX (GDAXI): +0,68%, indo a 15.249,45 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,03%, indo a 7.127,75 pontos
- CAC 40 (FCHI): +0,25%, indo a 6.564,49 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,08%, indo a 25.970,00 pontos
Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados mistos nesta quinta-feira (23).
Além dos dados dos Estados Unidos que devem marcar o dia, o mercado reage à publicação da balança comercial da China.
- Hang Seng (HK50): +0,23%, indo a 25.020,34 pontos
- KOSPI (KS11): +0,96%, indo a 2.944,41 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,42%, indo a 3.561,76 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,32%, indo a 28.140,28 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,15%, indo a 4.940,11 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,35%, indo a 14.713,00 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,07%, indo a 34.402,60 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,10%, indo a 4.355,10 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (13):
- Às 9h03, o Dólar caiu -0,33%, a R$ 5,51
- Às 9h03, o Euro caiu -0,03%, a R$ 6,37
Foto: Reuters / Reprodução