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Governo adia lançamento do Auxílio Brasil, indícios de furo no teto de gastos para o pagamento de precatórios irrita o ministro da Economia; e mais

4 Minutos de leitura

Após impasses gerados com as lideranças do governo federal, a cerimônia de lançamento do Auxílio Brasil foi adiada ontem (19). 

Os impasses foram gerados com as suspeitas de quebra no teto de gastos, uma situação que teria desagradado do ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Na agenda, destaque para a publicação do Livro Bege nos Estados Unidos. 

Nas bolsas, o mercado reage às publicações das inflações europeias. 

Esses e outros destaques você confere agora. 

COM IMPASSE, GOVERNO ADIA LANÇAMENTO DO AUXÍLIO BRASIL 

O governo federal adiou o lançamento do Auxílio Brasil, programa assistencial que deve ser uma reformulação do Bolsa Família. A cerimônia estava marcada para esta terça-feira (19). 

O anúncio veio pelo Ministério da Cidadania após uma reação amarga do mercado na última semana com as suspeitas de que parte dos pagamentos serão realizados através de uma fonte fora do teto de gastos. 

O Auxílio Brasil ainda passa por ajustes finais antes do texto completo de ser anunciado. Segundo o Planalto, os pagamentos serão de R$ 400, um pouco mais que o dobro dos atuais pagamentos do Bolsa Família, de R$ 192. 

Os planos do governo exigem que o Auxílio Brasil entre em vigor ainda em 2021, já que ele seria impedido de ser lançado em um ano de eleições presidenciais. 

Para bancar o programa turbinado, o governo precisa da aprovação da reforma fiscal do Imposto de Renda (IR) e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios. 

O que causou uma reação bem negativa do mercado foram as sinalizações de que o governo criará um dispositivo na PEC dos Precatórios que permite o pagamento de parcelas fora do teto de gastos. 

DO LADO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, A REAÇÃO FOI NEGATIVA 

Enquanto o lançamento do Auxílio Brasil era adiado no Planalto, uma reunião acontecia envolvendo o presidente Jair Bolsonaro, ministro João Roma do Cidadania, ministro Ciro Nogueira da Casa Civil, presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Segundo apurações do jornal Metrópoles, o ministro da Economia teria reagido de forma bem negativa às suspeitas de que parte das parcelas dos precatórios seriam pagas fora do teto de gastos. 

Segundo o jornal, Guedes teria dito que “não aceita de jeito nenhum”. 

Os impasses devem atrasar ainda mais os planos do governo de lançamento do programa, mas ele possui aval e apoio do bloco do Centrão. 


Saiba mais

Ministro diz que Congresso deve ajudar o governo na aprovação da PEC dos precatórios


AGENDA 

No Brasil, a agenda do dia é marcada pela publicação do fluxo cambial estrangeiro às 14h30. Os dados são publicados pelo Banco Central (BC). 

No Reino Unido, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,3% em setembro na comparação com o mês imediatamente anterior. A inflação ficou abaixo do esperado (0,4%) e representa uma desaceleração comparado com agosto (0,7%). 

Ainda no Reino Unido, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de bens intermediários subiu 0,4% em setembro, abaixo das expectativas (1,0%) e representando uma leve desaceleração comparado com o mês imediatamente anterior (0,5%). 

Na Alemanha, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 2,3% em setembro, bem acima do esperado (1,0%) e representando uma aceleração comparado com o mês imediatamente anterior (1,5%). 

Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% em setembro, ficando de acordo com as expectativas dos economistas e representando uma leve aceleração comparado com o mês anterior (0,4%). 

Nos Estados Unidos, o índice do mercado hipotecário foi publicado às 8h. 

Às 11h30 nos EUA, foram publicados os dados de estoques de petróleo bruto pela Energy Information Administration. 

Às 15h, é publicado o Livro Bege nos Estados Unidos. O relatório é divulgado pela Federal Reserve (Fed).

BOLSAS E CÂMBIO 

Em um dia cheio de resultados econômicos, as bolsas europeias iniciam a manhã desta quarta-feira (20) registrando resultados mistos. 

Os economistas reagem a rodada de resultados da inflação do continente, com o IPC da Zona do Euro ficando de acordo com as expectativas do mercado. 

Às 8h da manhã: 

  • STOXX 600 (STOXX): 0,53%, indo a 469,27 pontos 
  • DAX (GDAXI): +0,07%, indo a 15.527,40 pontos 
  • FTSE 100 (FTSE): +0,04%, indo a 7.220,64 pontos 
  • CAC 40 (FCHI): -0,01%, indo a 6.669,37 pontos 
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,49%, indo a 26.461,00 pontos 

Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados mistos nesta quarta-feira (20). 

O mercado segue de olho nos resultados da inflação no continente europeu e os possíveis efeitos que isso pode gerar na definição das taxas de juros básicas dos países. 

  • Hang Seng (HK50): +1,35%, indo a 26.136,02 pontos 
  • KOSPI (KS11): -0,53%, indo a 3.013,13 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): 0,17%, indo a 3.587,00 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): +0,14%, indo a 29.255,55 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,25%, indo a 4.910,18 pontos  

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos: 

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,05%, indo a 15.419,00 pontos 
  • Dow Jones Futuros: -0,01%, indo a 35.453,00 pontos 
  • S&P 500 Futuros: +0,01%, indo a 4.520,00 pontos 

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (20): 

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,73%, a R$ 5,58 
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,52%, a R$ 6,49 

Foto: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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