Com o desenvolvimento da guerra na Ucrânia, mais de 200 companhias, dos mais diversos setores, anunciaram a suspensão total, ou a maior parte das operações, na Rússia.
A lista faz parte de uma pesquisa da Yale Chief Executive Leadership Institute (CELI), que é atualizada todos os dias. Nesta segunda-feira (07), pelo menos 230 companhias já anunciaram a saída da Rússia em retaliação à invasão promovida por Vladimir Putin.
As suspensões de todas as atividades no país fazem parte de uma tentativa de isolar a nação do resto do mercado global, além de retaliarem o governo de Moscou por ter invadido uma nação soberana.
Nos Estados Unidos, por exemplo, as sanções visam parar a capacidade de crescimento do exército militar da Rússia, limitar a capacidade de realizar investimentos em outras moedas, e dificultar a competição na economia tecnológica do século 21.
No caso da União Europeia (EU), a Comissão baniu sete grandes bancos russos do SWIFT, sistema de pagamentos global que conecta as grandes instituições financeiras globais. É uma das posições mais severas desde o início da invasão, pois o SWIFT abriga mais de 11 mil instituições financeiras.
Para tentar evitar que a Rússia consiga se “blindar” dessas sanções, os países se juntaram para evitar que o Banco Central do país use suas enormes reservas no exterior, que somam US$ 630 bilhões no total.
Considerando a lista de companhias, no ramo de tecnologia, se destacam a Apple, Alphabet, AMD, Dell, IBM, Nokia, NVidia e Samsung. A grande maioria delas anunciou que deve suspender todos os envios para o país, e as lojas da Apple, por exemplo, serão fechadas.
No ramo de redes sociais e entretenimento, o TikTok, Nintendo, FIFA, Twitter, Activision Blizzard, Disney, Eletronic Arts, Netflix, UEFA, Universal Pictures, Spotify, WarnerMedia e Sony são os grandes destaques. Enquanto o TikTok e a Netflix suspenderam todas as operações, o Spotify removeu propagandas relacionadas ao Kremlin.
Grandes lojas também anunciaram a saída definitiva do mercado russo, como a Cisco, IKEA, Adidas, Lego, Puma, Kering e Nike. No ramo de automóveis e aviação, Aston Martin, Dassault Aviation, Delta, Ford, Formula One, Honda, Hyundai, Korean Airlines, Boeing, Nissan, Rolls Royce, United Airlines, Volkwagen e Volvo também anunciaram a retirada do mercado.
Um dos grandes impactos serão sentidos na saída de importantes companhias de serviços de pagamentos, como MasterCard, PayPal, Apple Pay, Google Pay e VISA. Com a saída do mercado russo, o consumidor do país fica isolado de conseguir efetuar compras fora do país.
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Abaixo, confira a lista completa:
A extensa lista também conta com companhias que ainda não anunciaram possíveis planos de saída do país russo, mas caso saiam, a exposição é considerável e pode prejudicar as receitas. É o caso da Arconic, por exemplo, empresa de metais leves cujo 9,4% dos lucros (US$ 535 milhões, aproximadamente), vêm da Rússia.
O Papa John’s, por exemplo, grande franquia de restaurantes, possui 185 lojas em território russo. No caso do Starbucks, são 130 lojas no total.
Imagem: Reuters