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Powell: aumento nas taxas de juros trará “dores” necessárias para trazer estabilidade nos preços

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O presidente do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell, disse nesta sexta-feira (26) que o aumento nas taxas de juros do país trará “dores”, mas que são necessárias para atingir a estabilidade dos preços. 

“Enquanto taxas de juros altas, crescimento lento e mercado de trabalho menos apertado reduzirão as pressões inflacionárias, elas também trarão uma dor para as casas e empresas”, disse Powell. “Esses são os custos de se reduzir a inflação, mas falhar em trazer a estabilidade de preços significaria uma dor ainda maior”. 

Powell fez comentários acerca da economia norte-americana e a condução de política monetária durante o simpósio do Jackson Hole, em Wyoming. O discurso foi mais curto que o esperado, mas o chairman prometeu ser mais direto. 

O mercado acompanha de perto as falas do chairman, principalmente considerando os tons amenos da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). 

A última reunião ajustou em 75 pontos-base as taxas de juros, que hoje estão em um intervalo de 2,25% a 2,50%. É a resposta da autoridade monetária para uma inflação que segue elevada, apesar dos recuos de 7,7% no índice da gasolina em julho. Segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a alta de preços acumulada é de 8,5%. 


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“Apesar da redução da inflação de julho ser bem-vinda, uma melhora em apenas um mês é pouco para o Comitê decidir com confiança que a inflação está em tendência de queda”, disse Powell. 

O chairman disse que aguarda os próximos dados econômicos do país antes do FOMC decidir acerca do próximo reajuste, que deve acontecer na próxima reunião de setembro. Powell alertou, porém, a necessidade de ter uma postura restritiva. 

“Restaurar a estabilidade de preços vai demandar a manutenção de uma postura restritiva por um tempo”, disse Powell. “As evidências históricas advertem fortemente contra um afrouxamento prematuro das políticas monetárias”. 

Sem dar sinais claros acerca do próximo reajuste de setembro, Powell disse que dependerá dos próximos dados e da evolução dos cenários. 

“Em algum momento, na medida em que a postura de política monetária fica mais apertada, será apropriado reduzir o ritmo de incrementos”, disse o presidente do Fed. 


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Juan Tasso - Smart Money

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