O Bank of England (BoE) decidiu nesta quinta-feira (22) pelo aumento de 50 pontos-base, para 2,25%, nas taxas de juros do Reino Unido, que agora são as maiores em 14 anos.
A decisão acontece em sintonia com o Banco Central Europeu (BCE) e o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. O aumento não ficou de acordo com o esperado, porém, com um mercado projetando um aumento de 75 pontos-base.
A diferença aconteceu porque um dos membros do BoE optou por um ajuste de 25 pontos-base, diferente dos restantes que votaram por um aumento de 0,75 p.p. nas taxas de juros.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Reino Unido registrou 9,9% na taxa acumulada de agosto, uma leve desaceleração ante a alta de 10,01% do mês anterior.
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O problema inflacionário europeu não é diferente no Reino Unido, graças a alta expressiva do mercado energético advinda da guerra na Ucrânia. Vários pequenos comércios começaram a fechar as portas após as contas de luz dispararem nos últimos meses.
Na semana retrasada, a primeira-ministra Luz Truss anunciou a imposição de um teto na cobrança de luz a £2,500 anuais para dois anos em tentativa de proteger os consumidores.
De acordo com o Citigroup, a inflação no Reino Unido ainda pode atingir 18% ao término de 2022, sendo uma das mais elevadas do ocidente, principalmente considerando os preços do gás natural.
Caso se confirme, será a maior inflação da história, superando inclusive os 17,8% anuais durante o segundo choque do petróleo em 1979.
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