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Líderes da UE estão comprometidos a baixar os custos de energia, aponta Conselho Europeu

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Foi encerrada nesta sexta-feira (21) mais um encontro do Conselho Europeu – a cúpula de líderes da União Europeia (UE). De acordo com o comunicado da instituição, os países-membros do bloco se comprometeram a trabalhar em soluções para a profunda crise energética que assola o Velho Continente desde o início da guerra na Ucrânia. 

“O Conselho Europeu chegou a um acordo sobre energia. A unidade e a solidariedade prevaleceram. Concordamos em trabalhar em medidas para conter os preços da energia para residências e empresas”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. 

Entre as medidas adicionais acordadas durante a cúpula, está a aquisição conjunta de gás pelo bloco, proposta que, segundo a UE, explorará o ‘peso coletivo de mercado da União’. De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esta proposta e a possibilidade de formação de consórcios entre empresas europeias foi muito bem recebida pelos países. 

No vídeo abaixo, você pode conferir a coletiva de imprensa completa (em francês e inglês) de Ursula von der Leyen e Charles Michel: 

Até o início de 2023, a Comissão Europeia aponta que o bloco deve apresentar um novo índice de referência para o mercado de gás e um ‘corredor de preços dinâmico e temporário’ para combater os episódios de preços excessivos na compra e venda de gás natural. 

Não é consenso entre os líderes, no entanto, a proposta de estabelecer um limite para os preços de gás na região. Apenas 15 dos 27 países-membros concordam com a medida. 

O governo alemão argumenta contra a proposta, afirmando que a fixação de um teto para o preço do gás natural pode acabar enfraquecendo o setor energético europeu e incentivando fornecedores a vender a commodity para o mercado asiático. A França, por outro lado, defende a medida e inclusive já adota um ‘escudo tarifário’ que protege as contas de energia das famílias francesas até o final de 2022. 

“O Conselho Europeu está determinado a assegurar a estreita coordenação das respostas estratégicas e continuará a acompanhar atentamente a evolução económica, a fim de dar uma ‘resposta política determinada e expedita’”, aponta a publicação da instituição. 

A nota do Conselho Europeu ainda aponta que os países entendem ser necessário intensificar os investimentos para aumentar a eficiência energética da Europa. Entre as propostas aprovadas na cúpula, estão uma limitação no preço do gás natural utilizado para a produção de energia elétrica e a simplificação dos procedimentos de concessão de licenças para “acelerar a implantação das energias renováveis e das redes conexas”. 

Para as próximas semanas, os líderes da UE devem continuar trabalhando para chegar a um acordo sobre a proposta de limitação dos preços de gás natural na região. Um dos grandes desafios é garantir que as medidas adotadas não acabem, por consequência, subsidiando custos de energia exportada para países vizinhos do bloco – como a Noruega, o Reino Unido e a Suíça. 

Embora a Alemanha tenha rejeitado a proposta atual de limitação dos preços, o chanceler Olaf Scholz aponta que a discordância não é sobre o objetivo da mesma. “Nós nomeamos parâmetros precisos que os ministros de Energia podem usar para detalhar propostas concretas unânimes”, apontou. “Os preços do gás, do petróleo, do carvão devem cair. Os preços da eletricidade devem cair, e isso é algo que exige um esforço conjunto de todos nós na Europa”. 

A reunião do Conselho Europeu aconteceu entre ontem (20) e hoje (21) em Bruxelas, capital da Bélgica. A instituição é composta pelos chefes de estado dos 27 estados-membros da União Europeia e dos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia. 

Fazem parte da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Suécia e Tchéquia. Caso convidado, o presidente do Parlamento Europeu também pode participar da cúpula de líderes da UE. 

Você pode conferir em detalhes as conclusões do evento no site do Conselho Europeu


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Guilherme Guerreiro

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