Nos últimos artigos escrevi sobre o momento de investir nos títulos prefixados e atrelados ao IPCA, então hoje vamos encerrar a trilogia sobre o momento de investir nos títulos pós-fixados.
Nesse momento de juros altos, cada dia mais investidores migram seus investimentos para a renda fixa pós-fixada, mas será que essa é uma decisão acertada?
Diferentemente da grande maioria dos investidores, penso diferente, mas antes disso vamos entender o que é o investimento pós-fixado.
O investimento pós-fixado é uma das aplicações de renda fixa mais comuns no Brasil.
A característica desse investimento é que o rendimento é 100% indexado a uma taxa, geralmente a taxa Selic ou ao CDI.
Se o título for público (tesouro direto) a vinculação é com a taxa Selic, se o título for privado é com o CDI.
Você já deve ter ouvido falar de algum investimento que rende 100% do CDI. Isso significa que se o CDI fechou o ano em 12%, por exemplo, esse investimento ao final do ano rendeu os mesmos 12% do CDI.
O investidor não tem condições de saber exatamente quanto receberá de juros no final do prazo do investimento, e nem de saber qual será a rentabilidade real, pois vai depender tanto dos juros quanto da inflação acumulada do período.
Isto é, o que parece ser um bom investimento agora, no médio e longo prazo tende a ser bastante ruim.
Quando a inflação está alta, o Banco Central eleva a taxa Selic.
Sendo assim, se no presente a inflação estiver em 7% e a taxa Selic em 12% ao ano, agora realmente a rentabilidade nominal bruta será de 12% ao ano e a rentabilidade bruta real será de um pouco menos de 5%.
Então para investimentos de curto prazo é um excelente retorno.
A primeira observação é que uma rentabilidade real tão alta dessa forma trava a economia e aumenta muito os juros da dívida pública a pagar, ou seja, essa taxa real é insustentável no médio e longo prazo.
A segunda observação é que o Banco Central elevou a taxa Selic para reduzir a inflação, então se a inflação for reduzida para 3% ao ano, a taxa Selic vai cair, por exemplo, para 5% ao ano, então a sua rentabilidade real bruta será reduzida de 5 para 2% ao ano.
Neste momento de 2022 estou visualizando exatamente esse cenário, ou seja, em breve a taxa Selic será reduzida e comprometerá a rentabilidade dos títulos pós-fixados.
É óbvio que as coisas podem piorar e sair do controle, mas no momento não é o meu cenário base.
Concluindo, para o investidor de curto prazo os títulos pós-fixados são uma ótima alternativa para o momento, entretanto, para o investidor de médio e longo prazo vejo outras opções bem mais atrativas, por exemplo: prefixados, atrelados ao IPCA e renda variável.
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Te espero lá. Forte abraço.
Rondinelli Borges.