O secretário de estado americano Antony Blinken expressou a solidariedade com o presidente da Moldávia Maia Sandu. O país faz fronteira com a Ucrânia e já recebeu mais de 230 mil refugiados no período da guerra contra a Rússia.
Como tentativa do Ocidente frear a expansão russa para o Oeste, Blinken disse que irá apoiar o país e estudar a entrada dele na União Europeia juntamente com outros membros. Isso iria assegurar ainda mais a participação dos EUA em termos de proteção militar da Moldávia. Entretanto, esta ainda não é uma realidade para o país.
O principal desafio ainda é a questão dos refugiados que buscam uma forma de escapar do perigo causado pelo conflito militar. Segundo a Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o número de refugiados chegou a 1,5 milhão em menos de duas semanas do conflito. A Moldávia já recebeu cerca de 250 mil pessoas.
A infraestrutura interna da Ucrânia facilitou esse fluxo, já que o país possui uma malha ferroviária forte e ótima estrutura rodoviária. Esse fluxo acabou sendo diferente de outros deslocamentos de refugiados pelo mundo, que acabam sendo feitos a pé e duram cerca de três ou quatro dias.
Países vizinhos como a Eslováquia, Hungria, Moldávia e Romênia são os destinos mais imediatos dos refugiados ucranianos. A Polônia ainda permanece como o principal destino da maioria dos refugiados ucranianos, já que o país é um dos membros da OTAN.
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O território moldavo é abraçado pelo território ucraniano, levantando a questão se o país não será também o próximo destino das chamadas “operações militares” empreendidas pelo presidente russo Vladimir Putin.
Para a ACNUR, a prioridade está em “acolher, abrigar e proteger os refugiados”. Diferentemente de outros conflitos, os ucranianos acabam necessitando de maior atenção psicológica e de itens de higiene pessoal.
Estima-se que o número de refugiados ucranianos ainda irá subir e chegará em cinco milhões pessoas.