O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 3,11% no mês de agosto ante julho. A queda nos preços da indústria, segundo divulgado na manhã desta quarta (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a maior já registrada desde o início da série histórica em 2014.
Período | Taxa (%) |
Agosto/22 | -3,11 |
Julho/22 | 1,13 |
Agosto/21 | 1,89 |
Acumulado no ano | 7,91 |
Acumulado em 12 meses | 12,16 |
Com os números de agosto, o IPP chegou a uma alta acumulada de 7,91% até aqui em 2022 e de 12,16% nos últimos 12 meses. A deflação nos preços da indústria também foi uma forte desaceleração ante os dados registrados em julho deste ano e no mesmo período do ano passado.
A maior deflação em agosto aconteceu nas indústrias extrativas, que registraram queda de 14,18% em agosto de 2022. As indústrias de transformação também registraram queda nos preços em agosto, mas em menor escala: os preços nas mesmas caíram 2,46%.
O setor que mais influenciou no resultado geral do IPP foi o de refino de petróleo e biocombustíveis (-6,99%), responsável por –0,95 ponto percentual de influência na variação de -3,11% do índice no período. Na outra ponta, o setor de refino também é o que acumula maior alta até o momento em 2022, com um avanço de 26,49% nos preços até agosto.
Bens de consumo duráveis (BCD) se movimentou na contramão dos demais setores abrangidos pela pesquisa do IPP. O setor registrou um avanço de 1,13% em agosto e contribuiu com 0,06 p.p. para o resultado geral do índice.
Desde o início da pandemia de Covid-19, este é apenas o segundo mês com registro de deflação na pesquisa do IPP. Em dezembro de 2021, o índice recuou 0,08%. O resultado é atribuído, principalmente, à redução dos preços de commodities como o petróleo e o minério de ferro no mercado internacional e não sofre influência da recente redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma vez que os preços informados são livres de impostos.