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Como posso montar minha reserva de emergência?

4 Minutos de leitura

A reserva de emergência é autoexplicativa: trata-se de uma quantidade de renda que você quer guardar para usar em momentos de incerteza, necessidade ou situações em que ter uma quantidade de dinheiro imediata é necessária. 

Com a Selic a 11,75% ao ano, as aplicações que são consideradas de menos risco e de menos lucros no mercado estão cada vez mais vantajosas. É, portanto, um ótimo momento para começar a poupar de forma mais conservadora. 

Tão importante quanto conseguir guardar esse dinheiro é saber onde aplicá-lo, porque evita que o dinheiro perca seu valor na medida em que a inflação avança e também blinda o investidor de problemas de segurança. 

Essa reserva é fundamentalmente diferente de aplicações que envolve risco, por exemplo, como a compra e venda de ações na Bolsa de Valores. Mesmo assim, é relevante ressaltar que é uma forma de investimento, mesmo que de forma conservadora. 

A construção de uma reserva é conservadora por se tratar de uma operação onde a alta liquidez, segurança e baixa volatilidade são os fundamentos básicos. 

É importante ter isso em mente pois alguns fundamentos do investidor são significativos mesmo para aqueles que querem guardar seu dinheirinho de forma prática para usar sempre quando precisar. 

Então, por onde começo? 

Quanto vou guardar? 

Ter uma reserva de emergência não é levantar grandes fundos em poucos dias, ou semanas, até mesmo meses. Para a maioria das pessoas, essas reservas são construídas através de consistentes contribuições que, ao longo do tempo, se tornam uma boa quantia de dinheiro. 

Para que você comece a criar sua reserva de emergência, primeiro tenha no papel a sua renda mensal, seus gastos usuais, pagamentos de dívidas e contas obrigatórias. 

Assim, você poderá chegar à conclusão de que 10%, talvez 20%, de sua renda mensal pode ser aplicada em uma reserva de emergência. Mas não se preocupe, esses valores não são fixos e você pode aumentar ou diminuir o seu “fluxo” de acordo com suas necessidades. 

O segundo passo é definir o tamanho de sua reserva emergencial, que pode variar com seu estilo de vida e modelo de trabalho. 

Segundo especialistas, um tamanho ideal de reserva é uma quantia de dinheiro equivalente a 6 meses a 1 ano e meio do seu custo de vida

Por exemplo: considere que a somatória das suas despesas mensais fixas fique, em média, em R$ 3 mil por mês. 

Um tamanho interessante de reserva emergencial neste caso ficaria entre R$ 18 mil a R$ 54 mil, que pode ser construída com o passar do tempo através de contribuições mensais. 

Tudo isso depende, claro, dos seus objetivos, metas e situação de vida. Caso o seu perfil de relação com trabalho seja instável na comparação com um servidor público, por exemplo, uma reserva maior talvez seja mais interessante. 


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Bancos se emprestando dinheiro? Entenda o que é CDI e como ele impacta os seus investimentos


Onde invisto? 

Agora que você já sabe quanto deve guardar por mês, só falta definir onde aplicar o seu dinheiro. Para isso, vamos recapitular alguns princípios importantes da reserva emergencial. 

Por se tratar de uma quantia de dinheiro que você usará em momentos difíceis de prever, a liquidez é importantíssima, pois a capacidade de retirar essa quantia tem que estar disponível a todo momento. 

Como o investimento tem que ser seguro, a volatilidade precisa ser baixa. Neste caso, eliminamos logo de cara operações na Bolsa de Valores, por exemplo, e outras aplicações de risco de renda variável. 

Segurança é fundamental. O seu dinheiro precisa ficar em algum lugar devidamente regularizado e sólido. 

Apesar de uma volatilidade baixa, o que muitos já consideram como uma abdicação de altos lucros, não deixe de considerar a rentabilidade, especialmente se tratando de lugares onde o seu dinheiro vai render menos que a inflação. Neste caso, escolhas populares dos brasileiros, como a poupança, podem não ser tão vantajosas. 

Mesmo abdicando de uma certa lucratividade, por conta da Selic, a taxa de juros brasileira, os rendimentos em renda fixa estão nos olhos dos investidores. 

Abaixo, acompanhe algumas dessas aplicações que podem virar sua reserva emergencial no futuro: 

CDBs com liquidez diária: os Certificados de Depósito Bancário (CDB) nada mais são que títulos emitidos por instituições financeiras e corretoras para captar fundos. É importante priorizar CDBs que seguem a taxa CDI como referência e que possuem liquidez diária, podendo retirar seus recursos quando quiser. Isso porque alguns só podem ser resgatados após seu vencimento. 

Tesouro Selic: é a forma mais direta de financiar diretamente projetos do governo federal, pois você estará comprando os títulos do Tesouro Nacional. São considerados a operação mais segura do mercado e possuem uma alta liquidez. Neste caso, principalmente no atual momento da economia brasileira, pode ser interessante priorizar os títulos remunerados através da Selic. 

Fundos DI: investir em fundos DI é alocar seu capital em títulos públicos atrelados à taxa Selic, mas de maneira mais indireta que os CDBs. 

Contas digitais: alocar a sua reserva emergencial em contas digitais e contas-correntes remuneradas também é uma boa opção. Neste caso, fique atento aos rendimentos da conta, que pode ser de 100% do CDI, por exemplo. 

Caso você fique em dúvida sobre o que é CDI, não se preocupe: os Certificados de Depósito Interbancário (CDI) nada mais são que empréstimos realizados por instituições financeiras diariamente para manterem o caixa do dia no positivo. 

A taxa CDI é, em via simples, quanto as instituições financeiras estão ganhando com esses empréstimos de curtíssimo prazo.  

A Selic, neste caso, desempenha um papel fundamental. A taxa é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom), mas os valores propriamente praticados no mercado geralmente seguem um pouco abaixo da meta definida pelo Copom. 

Juan Tasso - Smart Money

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