Educação Financeira

O que eu preciso saber para começar a investir em previdência privada?

4 Minutos de leitura

A previdência privada é uma modalidade de investimentos que só cresce no país, e por vários motivos. Primeiramente, o planejamento de vida é fundamental para garantir uma vida saudável após a aposentadoria, e nada melhor que uma renda complementar para garantir esse futuro. 

Além de planos de longo prazo, pensando na aposentadoria, muitos optam por investimentos de médio prazo. Neste caso, a pessoa pode ter o interesse de investir, por exemplo, em uma futura casa. 

Mas além dos fatores de planejamento, o fato é que o brasileiro não quer depender, exclusivamente, dos planos públicos de previdência através da contribuição pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

O futuro brasileiro é de uma grande parcela da população com a idade avançada, enquanto a população mais nova, contribuinte e trabalhadora, deve ser menor. O cenário, portanto, é de uma menor arrecadação para a previdência pública. 

Embora seja uma modalidade que conte com inúmeras vantagens, por ser uma linha de investimentos, muitas pessoas acabam não optando por fazê-lo com receios de que seja muito difícil ou apenas para quem conheça muito sobre dinheiro. 

Mas você sabia que, além de não possuir limite de idade, algumas instituições financeiras sequer exigem um valor mínimo de injeção? 

Abaixo, confira de forma simplificada o que é a previdência privada e porque ela pode ser a escolha ideal para seu planejamento de futuro. 

Simplificando… 

A previdência privada nada mais é que um complemento de renda que você pode planejar para receber os ganhos em médio e longo prazo. Essa modalidade de investimentos é supervisionada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). 

Existem dois tipos de previdência privada: a fechada e aberta. Como a fechada se refere à fundos de pensão concedidos por empresas e entidades, quando falamos sobre a abertura de um plano de previdência individual, geralmente estamos falando da aberta. 

A previdência privada aberta, neste caso, é oferecida por instituições financeiras, corretoras de investimentos e gestoras. Algumas destas instituições pedem por valores mínimos a serem aplicados, mas isso não é uma regra para todos. 

Existem também taxas de administração que variam de acordo com a instituição financeira, além de possíveis taxas de carregamento. 

Um ponto importante a se destacar é que você não precisa, necessariamente, aplicar uma quantia fixa de dinheiro para retirar na aposentadoria. Você pode fazer planejamentos de médio prazo e injetar quanta renda quiser. 

Você pode, inclusive, fazer um plano de previdência para seus filhos quando estes estiverem ainda bem novos. O seu filho com 3 anos de idade, por exemplo, poderá resgatar 15 anos de rendimentos mensais aos 18 anos de idade. Caso você opte pelo regime de tributação regressivo, por exemplo, que explicaremos mais abaixo, o tempo é seu melhor amigo, e seu filho pagará uma alíquota do Imposto de Renda de apenas 10%. 


Saiba mais

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Os tipos de planos 

De forma simplificada, existem dois grandes tipos de planos: Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) e Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)

VGBL: indicado principalmente para aquela pessoa que declara anualmente de forma simplificada o Imposto de Renda (IR). Nessa modalidade, a alíquota do IR incide apenas sobre os rendimentos no momento do resgate. 

PGBL: indicado para aquela pessoa com alta renda tributária e que declara de forma completa o IR. Nessa modalidade, a dedução é de 12% na renda bruta anual, e não apenas nos lucros. 

Ambas as tributações reincidem apenas no momento do resgate do investimento, sem as conhecidas come-cotas. 

Não é possível fazer planos de portabilidade de um VGBL para PGBL. Porém, caso você esteja insatisfeito com seu plano atual, pode mudar de um plano aberto para um fechado, e vice-versa. 

Neste caso, os planos de portabilidade podem acontecer tanto entre instituições financeiras quanto planos dentro de uma única entidade. 

Fique atento, porém, pois você precisa ficar, no mínimo, 60 dias dentro de um determinado plano de previdência para fazer a portabilidade. 

Fique atento com o regime de tributação 

Outro ponto imprescindível na contratação de um plano de previdência é a definição de um regime de tributação. Neste caso, são os regimes progressivo e regressivo

Na tabela progressiva, os investimentos resgatados são tributados de forma antecipada com uma alíquota de 15%. Após a realização do resgate, há um ajuste que segue a tabela de tributação do Imposto de Renda (IR), podendo chegar a 27,5%. Confira abaixo: 

  • Até R$ 1903,98: alíquota de 0%; 
  • De R$ 1903,99 até R$ 2.826,65: alíquota de 7,5%; 
  • De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: alíquota de 15%; 
  • De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: alíquota de 22,5%; 
  • Acima de R$ 4.664,68: alíquota de 27,5%. 

Na tabela regressiva, a alíquota do IR incide de acordo com o tempo de aplicação dos investimentos. Neste caso, é recomendado para quem procura aplicações de longo prazo. Abaixo, confira os valores de alíquotas: 

  • Até 2 anos: 35%; 
  • De 2 a 4 anos: 30%; 
  • a partir 4 a 6 anos: 25%; 
  • De 6 a 8 anos: 20%; 
  • De 8 a 10 anos: 15%; 
  • Acima de 10 anos: 10%. 

Você não precisa ser um especialista, mas conhecimento nunca é demais 

Como estamos tratando de uma linha de investimentos oferecida por diversas corretoras e instituições, cada uma das opções pode ser viável de acordo com o seu perfil de investidor. 

É sempre importante, porém, conhecer como funciona a previdência privada mesmo que de maneira simplificada para evitar contratos não vantajosos. Além disso, você pode ficar mais confortável para fazer uma eventual portabilidade caso outra instituição ofereça planos melhores. 

Foto: Shutterstock

Juan Tasso - Smart Money

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