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Metaverso: entenda o conceito e como você pode investir nesse mundo

4 Minutos de leitura

“Metaverso” tem tudo para ser uma dar palavras mais importantes do ano de 2022. A cada dia que passa, o conceito vai ganhando mais importância e cada vez mais empresas vão o abraçando. 

Mas você sabe o que é um metaverso? Sabe onde pode fazer parte desse fenômeno do mundo digital? Neste conteúdo exclusivo Smart Money, te explicamos tudo isso e mais um pouco. Confira! 

METAVERSO? 

O dicionário Infopédia, produzido pela Porto Editora, define metaverso como um “tipo de mundo virtual em que se reproduz a realidade através de dispositivos digitais e em que os utilizadores interagem uns com os outros”. E isso, de forma geral, é um resumo bastante competente da finalidade desses espaços. 

No entanto, o conceito de metaverso vem se expandindo e ganhando muita relevância a nível mundial, principalmente nos últimos meses. Podemos ver empresas abraçando o metaverso e criando seus mundos virtuais ou conteúdo para mundos já existentes toda semana. 

O fenômeno é tão grande que conquistou Mark Zuckerberg. Obcecado pelo conceito dos mundos virtuais, o empresário anunciou em outubro a mudança de nome do Facebook para ‘Meta’. Vale lembrar, inclusive, que a fascinação de Zuckerberg pelos espaços virtuais não é de hoje, já que a Oculus – principal fabricante de headsets de realidade virtual do mundo – faz parte da holding Meta Platforms. 

Tenho certeza que você já assistiu ou, no mínimo, ouviu falar da franquia “Matrix”. No Universo dos filmes, que ganhou um novo capítulo recentemente com o filme “Matrix Resurrections” lançado no final do ano passado, as pessoas vivem em um mundo virtual. 

Em Matrix, as pessoas vivem dentro de uma realidade virtual onde as pessoas são mais do que observadoras, elas têm suas próprias rotinas de trabalho, estudos e tudo mais. Com exceção da inteligência artificial maligna presente no universo criado pelas irmãs Wachowski, a ideia é que seja possível fazer tudo isso dentro dos metaversos. 

Para os entusiastas, o metaverso é uma forma mais realista, imersiva, de conectar as pessoas a partir do uso da internet e de tecnologias dedicadas à realidade aumentada. A ideia de fundir os mundos real e virtual pode até parecer utopia, mas graças a algumas tecnologias novas, tem ficado cada vez mais plausível. 

Com relativa popularização recente dos headsets de realidade virtual, como os produzidos pela Oculus, hoje já é possível acessar metaversos cada vez mais realistas. Uma tecnologia que chegou para mudar de forma definitiva a maneira como interagimos com os metaversos é o blockchain

Um dos principais pontos negativos dos mundos virtuais, por muito tempo, foi a capacidade limitada dos mesmos de gerar itens únicos e autênticos. Isso, de certa forma, deixava a experiência menos imersiva à medida que os usuários não tinham tantas ferramentas para se distinguir entre si. 

Com o blockchain, é possível gerir economias virtuais de maneira que os usuários possam comprar roupas, carros e até mesmo terrenos virtuais usando as criptomoeadas aceitas em casa metaverso. Tudo isso porque a tecnologia permite a criação de registros imutáveis, garantindo a autenticidade dos recursos. 


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MERCADO TRILIONÁRIO? 

Com tudo isso, não é por acaso que uma infinidade de empresas continua “comprando a ideia” do metaverso. A compra e venda de ativos nesses meios virtuais é um mercado que não para de crescer, com especialistas projetando que chegue a números verdadeiramente astronômicos já nos próximos anos. 

No ano passado, a Bloomberg Intelligence projetou que o mercado de metaversos passará a movimentar US$ 800 trilhões anualmente até 2024. A Grayscale Investments vai ainda mais longe e vê o mercado tem potencial para gerar US$ 1 trilhão por ano. Em relatório, a gestora afirmou que os metaversos tem potencial de mudar a maneira como o ser humano interage entre si. 

E sempre tenha em mente: o metaverso anda lado a lado com o mercado de NFTs. As tokens não fungíveis são itens exclusivos, protegidos pela tecnologia blockchain e que não podem ser replicados. Ao comprar um terreno em um metaverso, por exemplo, o usuário recebe um NFT que equivale à escritura do seu terreno. 

Hoje, alguns dos principais metaversos disponíveis são o Decentraland (MANA) e o The Sandbox (SAND). Mas o que faria uma pessoa comprar um destes terrenos virtuais? 

Que tal, por exemplo, se tornar vizinho de uma celebridade, como o rapper Snoop Dogg. No ano passado, um usuário conhecido como “P-Ape” pagou 71 mil SANDs (cerca de US$ 383 mil) pelo terreno ao lado da casa de Snoop Dogg no SAND. 

Essas e outras negociações fizeram com o que o mercado de terrenos no metaverso ultrapassasse os US$ 100 milhões por semana em novembro de 2021. 

E como fazer parte dessa economia virtual? Basicamente de qualquer maneira. Você pode vender seu trabalho autoral em forma de NFTs, trabalhar com a organização de eventos no metaverso e até mesmo expor a sua marca em peças publicitárias, como outdoors. 

Mas se você quer investir no metaverso de maneira mais convencional, também há espaço. É possível investir em criptomoeadas atreladas a estes mundos virtuais, como a MANA, a ENJ o SAND, que fazem parte dos metaversos Descentraland, Enjin Coin e Sandbox, respectivamente. 

Existem ainda fundos de investimentos voltados ao mercado de metaverso. A gestora brasileira Vitreo tem no seu portfólio o fundo “Vitreo Metaverso”, composto de ações de empresas ligadas ao mundo virtual. A Grayscale, citada anteriormente, também possui opções de fundos focados no mercado de NFTs. 

Guilherme Guerreiro

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