ArtigosRenda Fixa

Rendimentos + Segurança? Conheça os COEs 

3 Minutos de leitura

Quando se fala de diversificação de carteira, os fundos de investimentos estão na ponta da língua.  

Ao longo dos últimos anos, no entanto, uma modalidade de investimento que ganhou muita popularidade no mercado brasileiro foi a dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs). Com a Bolsa em baixa durante 2021, essas aplicações se tornaram uma das favoritas dos investidores de renda variável no Brasil. 

Mas você sabe o que é um COE e por que é um bom negócio investir nesse mercado? Confira abaixo um resumo de como essas aplicações funcionam e quais as principais vantagens para o investidor!


Saiba mais

Selic em alta: como ela afeta a Previdência Privada?


O que é um COE? 

Um Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um produto disponível no mercado financeiro que mescla propriedades da renda fixa e da renda variável. É um ativo que tem como objetivo dar segurança ao investidor, mas providenciando um certo potencial de lucros para o mesmo. 

O COE é o mais próximo de um equivalente que o mercado brasileiro possui das notas estruturadas, aplicações muito populares nos Estados Unidos e na Europa. Por ser um investimento composto por diversos ativos, estes certificados lembram a composição de um fundo de investimentos, mas existem grandes diferenças. 

Para investir em um COE, há um valor mínimo de entrada e também um indexador fixado à aplicação. Além disso, os certificados têm datas de vencimento definidas no momento da composição. Devido a sua composição, o COE providencia um certo grau de diversificação à carteira do investidor, limitando os possíveis prejuízos. 

De maneira geral, um COE costuma ter cerca de 80% da sua composição em ativos de renda fixa ligados à instituição financeira que está emitindo o título. O restante da composição é em ativos de renda variável, que podem alavancar os rendimentos dos COEs. 

E esses ativos de renda variável não são aleatórios, eles são ativos ligados ao contexto de cada certificado. Um COE estruturado com base no mercado norte-americano, por exemplo, terá em sua composição derivativos e outros ativos ligados às bolsas e índices de Nova York. 

Essa composição mista entre renda fixa e renda variável é o faz com que essas aplicações estejam entre as mais procuradas em momentos de crise ou estagnação do mercado financeiro. Exatamente por isso, os COEs foram considerados os ‘queridinhos’ do mercado de renda variável no ano de 2021, que se encerrou com o Ibovespa – índice de referência da Bolsa – em baixa. 

Por que investir em COEs? 

Existe uma grande variedade de COEs no mercado, desde aplicações mais conservadoras até outras destinadas a investidores mais arrojados. Assim como fundos de investimentos, o investidor pode recorrer a um COE para ter acesso uma maior diversificação para o seu portfólio. 

Através de um COE, o investidor pode expor a sua carteira a ativos e mercados que seria muito mais burocrático ou caro investir se feito de maneira ‘avulsa’. Você pode, por exemplo, se expor a derivativos do mercado norte-americano sem ter a necessidade de levar o seu capital para o exterior para investir diretamente nas bolsas de NY. 

Hoje, ainda é difícil investir no mercado internacional a partir do Brasil e os COEs aparecem como uma das ferramentas que ajudam os investidores pessoa física a acessar ativos indisponíveis no Brasil. Para investir diretamente no mercado norte-americano, por exemplo, o aporte mínimo é de US$ 500 mil dólares atualmente, uma quantia inviável para a maioria dos investidores brasileiros.

Os COEs não permitem o resgate antecipado do valor investido, mas o investidor pode negociar um certificado no mercado financeiro. Isso faz com que essas aplicações tenham uma liquidez, na prática, maior do que os fundos internacionais na maioria dos casos. Dessa forma, o investidor pode zerar sua posição com mais facilidade, tendo maior controle de volatilidade. 

Essas aplicações são, de forma geral, indicadas para investidores de perfil moderado. Alguns COEs sem proteção de capital têm maior risco atrelado e são indicados para investidores mais arrojados, de perfil agressivo. 

Guilherme Guerreiro

Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!

1383 posts

Sobre o autor
Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!
Conteúdos
Postagens relacionadas
ArtigosCuriosidadesDescomplicaEducação Financeira

4 erros de investir na previdência em dezembro

2 Minutos de leitura
Maravilha, tudo bem? Possivelmente você já saiba que a previdência privada do tipo PGBL é o único investimento que oferece um benefício…
ArtigosEducação Financeira

Recupere seu Dinheiro Agora! A Vantagem do PGBL que Você Não Pode Ignorar!

2 Minutos de leitura
Maravilha, tudo bem? Não sei se você já deu conta, mas o final do ano está logo ali. E antes da chegado…
ArtigosEducação Financeira

Investir no PGBL em 2023: Reduza Seu Imposto de Renda até o Final do Ano

1 Minutos de leitura
Com o ano de 2023 em pleno andamento, é hora de considerar estratégias inteligentes para pagar menos imposto de renda e, ao…