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Um marco no mundo dos games: Microsoft compra a Activision Blizzard por cerca de U$ 70 bi

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Entenda sobre a maior aquisição da era do Covid-19, que levou a Microsoft a se tornar dona de várias franquias de sucesso, como Call of Duty, Guitar Hero, World of Warcraft e Candy Crush.

No meio de um cenário turbulento para a Activision Blizzard – recheado de casos de conduta inapropriada de alguns funcionários e acusações de um ambiente de trabalho tóxico –, que também envolve o polêmico CEO Bobby Kotick, a Microsoft compra a companhia e suas subsidiárias por U$ 68,7 bi. Não só a maior aquisição da pandemia como a maior do setor tech. Até o fim da transição, ambas as empresas atuarão de maneira independente. Só depois que Phil Spencer assumirá o cargo de chefe-executivo da Microsoft Gaming.

A oferta foi de U$ 95 por ação, indicando um prêmio de tela de 45%. No dia do anúncio, os papéis da Activision (ATVI) chegaram a subir 38%, enquanto as ações da Microsoft (MSFT) caíram mais de 3%. A transação deve se encerrar entre julho desse ano e junho do próximo.

Fonte: Google Finance, SaraInvest

A ideia por trás da aquisição, segundo o Goldman Sachs, é expandir a presença da Microsoft no metaverso, com foco na operação de cloud. Como a Activision criou diversas e gigantes comunidades de jogadores, isso abre portas para a Microsoft crescer sua linha de gaming, além de se tornar um player relevante na futura era do metaverso. Com tal incorporação, a empresa do Bill Gates se tornará a terceira maior companhia de jogos eletrônicos em termos de receita, estando atrás da Tencent e da Sony. Ademais, outras companhias de tecnologia, como a Meta Plataforms (FB) e a Alphabet (GOOGL), também se sentem um pouco ameaçadas com o potencial da trasação.

Para se ter uma ideia do tamanho da Activision, a Microsoft planeja adicionar os quase 400 milhões de usuários ativos ao Game Pass, que hoje tem cerca de 25 milhões de inscritos. Também podemos observar sinergias no mundo mobile, uma das maiores categorias do mundo dos games, mas que a Microsoft ainda não é tão presente.

Um dos pontos de dúvida gira em torno da exclusividade. Como sabemos, a série Call of Duty, por exemplo, conta com uma grande comunidade de jogadores no PlayStation (Sony), console rival do Xbox (Microsoft). Assim, podemos esperar certa revolta de alguns usuários caso haja intenção de parar de fornecer jogos da Activision nos consoles da Sony. Todavia, a Microsoft já se pronunciou dizendo que deve continuar a desenvolver jogos para a plataforma rival.

A compra da Activision pode indicar uma consolidação no mundo dos games, colocando um alvo em empresas como Ubisoft e Electronic Arts (EA). O setor é um dos mais dinâmicos do mercado, podendo se tornar um grande driver para a Microsoft nos próximos anos. Estamos falando de milhões de usuários adeptos de múltiplas plataformas e que estão dispostos a testar qualquer tipo de novidade que venha a surgir.

Para o investidor, resta pensar em alguns pontos: como a Microsoft vai consertar essa cultura da Activision? Será que os órgãos reguladores aprovarão a oferta? O que esperar em termos de metaverso e serviço de nuvem? Quem tinha os papéis da Activision viu certo alívio, tendo em vista que a ação acumulava uma queda de 35% desde junho. Por aqui, acreditamos que essa será uma de muitas aquisições no mundo dos games, afinal, o mercado é promissor e tem, de fato, espaço para consolidação. E para você, foi GG para a Microsoft?

*Conteúdo produzido em parceria com Joaquim Siqueira, da Sara Invest

Marco Saravalle

Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da Sara Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, Analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira, Multiplicando Sonhos.

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Sobre o autor
Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da Sara Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, Analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira, Multiplicando Sonhos.
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