Curiosidades

Uma breve história do dinheiro

3 Minutos de leitura

Com os constantes avanços tecnológicos, criação das cryptos entre outras mudanças no sistema financeiro surgem dúvidas de como será o futuro do dinheiro. 

Agora antes de “arriscar” prever o que vem pela frente, vamos dar uma olhada no que se passou para chegarmos aos modelos monetários que encontramos hoje.  

Caso você tenha uma boa memória, deve se recordar das aulas de história, onde nos contaram que bem antigamente as negociações eram feitas através do escambo. E foi assim que os mercados começaram. Não havendo um item que pudesse ser “trocado” de forma padrão e com valores pré-definidos, as partes interessadas trocavam objetos entre si para adquirirem o que precisavam. 

Foi apenas no século VII a.C que surgiram as primeiras moedas, ainda muito rudimentares, mas que eram feitas de ouro e prata, o que trazia os seus respectivos valores. 

Durante a idade média, as pessoas não queriam andar com moedas de ouro de um lado para o outro, então tornou-se comum na época deixar o dinheiro em ourives, os quais lhes entregavam um papel como garantia do seu depósito. 

(Escambo – fonte: megacurioso.com.br) 

Aos poucos foi se tornando mais fácil transacionar aqueles “recibos” de garantia do que as próprias moedas, logo se deu origem a moeda de papel.  

A primeira nota que se tem registro foi feita na China, ainda por volta do ano 900. As primeiras notas que apareceram, eram impressas em folhas de tamanho A4. 

Já os serviços financeiros, surgiram antes mesmo do dinheiro de papel. No início da Renascença, tivemos os primeiros registros de serviços financeiros, sendo o primeiro deles na Itália, referentes a pagamentos de empréstimos entre dois genoveses a agentes bancários em Constantinopla.  

A trajetória até o modelo que conhecemos hoje foi longa, ocorreram diversas transformações e mudanças até chegarmos em moedas como o Real e o Dólar por exemplo.  

Entretanto não são apenas as histórias dos ‘’primórdios’’ do dinheiro que apresentam boas curiosidades. As moedas que existem atualmente, como as citadas no parágrafo anterior, também têm possuem fatos interessantes.  

Avançando bem a história vamos falar um pouco mais sobre essas curiosidades.  

Curiosidades como por exemplo, você já se perguntou de onde vem o nome Dólar? 

O dólar teve seu nome originado através de uma derivação da palavra “thaler”, essa por sua vez já era uma derivação da nomenclatura de uma moeda utilizada na República Tcheca, mas que acabou sendo “sintetizada” após espalhar-se para os demais países da Europa, por volta de 1500.  

Assim que a moeda chegou aos países nórdicos, dado a dificuldade daqueles povos na pronúncia do “th”, passaram a chamá-la de “dalar”. Só então quando chegou a Inglaterra que veio o nome atualmente conhecido como dólar.  

Embora nunca tenha sido oficializada como a moeda inglesa, os EUA registraram a sua moeda com o nome dólar em 1853.  

(Thaler – fonte: wikipedia.org)

E a nossa moeda? Como surgiu o Real? 

Já o real por sua vez, foi o sucessor de uma série de moedas que não ‘’vingaram’’ em nosso país. Para se ter uma ideia desde 1822 até hoje o Brasil teve 9 padrões monetários! Saindo dos “Réis” até o real que conhecemos hoje, sendo a moeda oficial do nosso país desde 1994.  

Criado no governo de Itamar Franco, o real era a proposta de solução para os problemas de hiperinflação. E conseguiu, embora atualmente a inflação não esteja exatamente nos patamares que gostaríamos, na época a política monetária cumpriu a proposta de trazer a inflação a padrões aceitáveis. Para se ter uma ideia, antes chegávamos a ter inflação de 3.000% em um ano. 

(Reis – fonte: Banco Central) 

Digamos que eu tenha encurtado bastante a história. 

Isso só mostra como esses tipos de transformações levam tempo. Se o dinheiro está em metamorfose, o passado nos mostra que a consolidação de um padrão monetário pode demorar bastante. 

Então, o que virá em seguida? Você arrisca algum palpite?  

Willian Kahler

Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.

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Sobre o autor
Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.
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