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Dia do Agricultor: veja como o mercado financeiro pode ajudar o agronegócio 

3 Minutos de leitura

Nesta quinta-feira (28), comemora-se uma das datas mais importantes para o agronegócio no Brasil: o Dia do Agricultor. A data, usada para homenagear os trabalhadores de um dos principais setores da economia brasileira, foi instituída em 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek. 

O dia 28 de julho não foi escolhido por acaso. A data comemorativa foi criada em homenagem ao centenário do Ministério da Agricultura, atualmente Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que teve sua origem em 1860 na criação Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas através de um decreto do imperador Dom Pedro II. 

De 1860 até 2022, muita coisa mudou no Brasil e no agronegócio brasileiro e mundial. A tecnologia tornou os plantios e colheitas cada vez mais eficientes, acentuando ainda mais a importância do setor para a economia. 

O que também evoluiu – e muito – nesses 162 anos foi o mercado financeiro. Com esse movimento, foi se criando instrumentos que dão suporte a diversos setores da economia, entre eles o agronegócio. 

Através do mercado financeiro, o produtor rural pode ter acesso a diversas ferramentas para proteger a sua produção e alavancar o desempenho dos seus negócios. Neste Dia do Agricultor, a Smart Money separou algumas formas que o mercado pode auxiliar no agronegócio. 

Hedge Agrícola 

O agronegócio está exposto a uma série de riscos. O produtor rural pode ter seu negócio impactado por variáveis que vão desde o plantio até a colheita da safra. Esses riscos influenciam diretamente o preço de venda da produção agrícola. 

Com ajuda do mercado financeiro, é possível minimizar a volatilidade dos preços e dar mais segurança para o produtor rural. Este processo de proteção dos preços é conhecido no mercado como hedge agrícola

Existe no mercado financeiro uma ampla gama de ferramentas que podem ajudar o produtor rural a estruturar uma operação de hedge. Desta forma, é possível proteger a commodity de uma possível baixa no mercado sem necessariamente ficar de fora de uma alta no preço, caso ela aconteça. 

“Através do mercado financeiro o produtor conseguirá minimizar esses riscos e ter a garantia de que irá obter o lucro desejado para a sua safra”, aponta Maurício Konstansky, assessor de investimentos na Messem Investimentos. “O mercado financeiro entrega ferramentas eficazes para a realização da proteção das commodities, sendo que as ferramentas mais utilizadas são as opções. Temos ainda o mercado futuro e o contrato a termo”. 

Qual a diferença das cooperativas agrícolas para o mercado financeiro? 

O mercado financeiro aparece como uma forte alternativa às cooperativas agrícolas, a quem o produtor rural geralmente recorre para fazer uma venda antecipada da sua safra. Mas qual a diferença entre essas duas alternativas? 

Nas cooperativas, o produtor rural se compromete a vender sua produção pelo preço estabelecido na data em que o acordo foi firmado. No mercado financeiro, não existe essa obrigação de comprometer a safra, protegendo o produtor da possibilidade de vender sua produção por um preço muito abaixo do praticado no mercado. 

“Quando comparamos com o que o produtor costuma fazer atualmente, que é a venda antecipada, o uso de derivativos e suas ferramentas se tornam mais eficiente para uma gestão de preços”, explica Mauricio. 

Vamos usar um exemplo para deixar as coisas mais fáceis de entender: 

De maneira geral, o produtor rural se compromete a entregar uma quantidade pré-determinada de sacas para a cooperativa a um preço também pré-determinado. Caso ele efetue a venda antecipada de 10 mil sacas, por exemplo, ele terá a obrigação de entregar estas 10 mil sacas. 

“Se no final da colheita, por questões climáticas, o produtor colheu apenas 9 mil sacas, ele irá ficar devendo essa quebra de mil sacas para a cooperativa”, aponta o assessor. “No mercado financeiro, ele não fica com essa ‘dívida’, pois ele não comprometeu as suas sacas. Assim, o produtor irá vender as 9 mil sacas que conseguiu colher e irá receber o preço acordado das 10 mil sacas”. 


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Guilherme Guerreiro

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