O mercado de games é atualmente a maior indústria de entretenimento do mundo. O setor teve um grande crescimento impulsionado com a pandemia de Covid-19.
Impossibilitadas de usufruir de outras atividades de lazer, a demanda por eletrônicos alcançou níveis históricos desde 2020. Em 2019, a indústria de games movimentou cerca de US$ 152 bilhões, número que saltou para US$ 179 bi em 2020 e segue em movimento de alta.
Os dados são da Newzoo, consultoria financeira especializada no mercado de games, responsável por produzir e divulgar o Relatório do Mercado Global de Games. Para a empresa, o mercado deve movimentar US$ 196 bilhões em 2022 e pode chegar a US$ 225 em 2025.
| Anos | Faturamento |
| 2020 | US$ 179,1 bi |
| 2021 | US$ 192,7 bi |
| 2022 | US$ 196,1 bi (estimativa) |
| 2025 | US$ 225,7 bi (estimativa) |
O relatório aponta ainda que, mesmo com o alívio das restrições para combater a pandemia de Covid-19, o número de jogadores ao redor do mundo deve seguir batendo recordes em 2022. A projeção da Newzoo é que o número de jogadores cresça 4,6% em 2022 e chegue a 3,2 bilhões de jogadores ao redor do mundo.
A empresa aponta ainda que o número de jogadores no planeta pode chegar a 3,5 bilhões até o ano de 2025. Em 2020, o número de jogadores era de 2,9 bilhões.
“Os vínculos com jogos são fortes e vieram para ficar”, aponta a Newzoo. “Grande parte do impulso relacionado à pandemia nos jogos permaneceu, aumentando permanentemente o engajamento no mercado de jogos – bem como as receitas, que discutiremos mais adiante”.
| Ano | Número de jogadores (estimativa) |
| 2020 | 2,879 bi |
| 2021 | 3,057 bi |
| 2022 | 3,198 bi |
| 2025 | 3,534 bi |
Segundo a pesquisa, os anos de 2020 e 2021 fizeram mais do que apenas trazer novos jogadores para o mundo dos games. Com a pandemia de Covid-19, muitas pessoas que estavam distantes dos jogos eletrônicos por um longo período investiram em um novo console, PC ou dispositivo móvel para jogar videogames.
A partir de inovações de hardware e mudanças no modelo de negócios adotado pela maior parte da indústria tem feito o mercado de games se tornar mais sustentável e à prova de recessão. A monetização, de forma geral, é robusta e o acesso aos títulos acontece das mais variadas formas, desde o streaming em nuvem até jogos mobile, que já correspondem à maior parte das receitas da indústria de games mundial.
O relatório aponta ainda que os países emergentes são os principais responsáveis pelo crescimento na popularidade dos games. África, América Latina, Ásia e o Oriente Médio são regiões hoje repletas de mercados importantes e em rápido crescimento para o mercado de jogos. Um deles, como você já deve saber, é o Brasil.
O cenário no Brasil
“O Brasil é o quinto maior mercado do mundo em número de jogadores em 2022 e um dos mercados de jogos que mais cresce na América Latina”, aponta a Newzoo em um documento sobre o mercado de games no país. “A paixão dos brasileiros por jogos e conteúdo de jogos alimenta a crescente receita de jogos do país ano a ano, ocupando o 10º lugar no mundo”.
A Newzoo projeta que o Brasil tenha hoje cerca de 101 milhões de jogadores ativos. No país, as receitas com jogos eletrônicos chegam a US$ 2,7 bilhões.
77% da população brasileira joga alguma forma de game, enquanto 55% dos entrevistados consomem conteúdos relacionados a jogos. 6% afirmam produzir conteúdo. Por aqui, as plataformas móveis – smartphones e tablets, por exemplo – são usadas por 60% dos gamers, enquanto 31% têm um console de videogame em casa e 30% jogam no computador.
Entre os títulos mais jogados pelos brasileiros, a maioria é de jogos free-to-play (gratuitos). Fenômenos globais, os títulos Fortnite e Counter-Strike: Global Offensive são os mais jogados no Brasil. Esse dado ajuda a explicar como, mesmo sendo o 5º mercado em número de jogadores, o Brasil é apenas o 10º em receitas. No país, apenas quatro em cada dez jogadores gasta dinheiro com jogos eletrônicos.
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