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Quem precisa de gestão financeira? E como fazer?

2 Minutos de leitura

“Nunca me passou pela cabeça que viveria tanto. Achei que fosse morrer com uns 75 e estou com 87. Calculei mal e gastei tudo antes da hora. Hoje vivo com uma aposentadoria de 1 588 reais e almoço de favor no Copacabana Palace.”

Essa frase foi dita por Jorginho Guinle, herdeiro de uma grande fortuna e de diversos empreendimentos entre eles o Copacabana Palace, a Granja Comary e o Porto de Santos.

Jorginho morreu aos 88 anos de idade,- e como disse um ano antes, o erro da base do seu cálculo foi a duração da sua própria vida. Mas não tenho intenção nenhuma de avaliar as ações de Jorginho, muito pelo contrário. Acredito que existem questões poderosas que podemos extrair desse caso para falarmos mais sobre gestão financeira.

Falando sobre gerir patrimônios, precisamos levar uma serie de coisas em consideração e quero aproveitar o case acima para comentar dois pontos específicos. O primeiro é que existem variáveis incontroláveis.

Na história acima citada essa variável é o período de vida. Afinal não sabemos até quando vamos viver, como saber de quanto dinheiro preciso se não sei quantos dias eu ainda tenho?

Além dessa variável existem muitas outras mudanças que podem acontecer ao longo de nossa trajetória que alteram completamente o ciclo das coisas, como uma crise financeira, perda de emprego, doenças …

E são sobre essas questões que precisamos levantar os fatores de risco. Mapeando o que está fora do nosso controle podemos adquirir mecanismos de proteção para nos defendermos do que não podemos prever: seguro de vida (e outros), previdência privada, investimentos no exterior, hedgs e fundo de emergência, são apenas alguns dos instrumentos que podem ser usados para nos protegermos de cenários adversos.

Talvez você nunca precise usá-los. Mas não é esse o problema. O grande problema é se um dia precisar e não os tiver.

Quando falo de cenários adversos estou tratando especificamente de tudo que não está no nosso plano.

Mesmo que você seja uma pessoa bastante organizada financeiramente, que economiza boa parte de suas receitas ou ainda que seja multi milionário, sempre existiram “arestas” que precisamos cobrir.

O que me leva a segunda grande lição da história de Jorginho: Por mais dinheiro que você tenha, ele pode acabar.

Certa vez um professor que tive, respondeu a afirmação de um colega que comentou não ter investimentos pois não ganhava tão bem como ele, com a seguinte pergunta:

“Se você não consegue cuidar de pouco dinheiro, o que te leva a crer que conseguirá cuidar de muito dinheiro?”

Essa é a questão. Muito dinheiro é mais difícil de gerir de que quantias menores. Quanto mais recurso você tiver, mais terá que diversificar, mais riscos vai precisar correr e mais especialistas serão necessários para te ajudar.

Logo todos precisamos de gestão financeira, desde quem não possuí nenhum capital até quem detém grandes patrimônios.

Para começar você precisa primeiro identificar em qual período da sua vida você está. Financeiramente falando são basicamente três: Acumulação, investimento ou aposentadoria.

Depois é preciso levantar os riscos que ainda tem pela frente, levando em conta todas as variáveis que podem depender da sua idade, emprego, estrutura familiar, estilo de vida …

Por fim fazer as duas coisas que acredito serem as sementes para o crescimento de qualquer um: buscar conhecimento e ajuda especializada.

Adeque o tipo de conhecimento e o profissional certo as suas necessidades e então siga seu plano com disciplina, guardando algumas horas todos os meses para avaliar as suas finanças. O seu “eu” do futuro agradece!

Willian Kahler

Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.

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Sobre o autor
Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.
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