A Aneel anunciou ontem (31) que a conta de luz deve ficar mais cara a partir de setembro. A sobretaxa da bandeira nível 2 deve sofrer um reajuste de 49,6%.
Bolsonaro voltou a culpar o ICMS pela alta nos preços dos combustíveis. Segundo ele, existe uma “ganância” da parte dos governadores.
Na agenda do dia, o mercado brasileiro está de olho na publicação do Produto Interno Bruto (PIB).
Nas bolsas, tons positivos marcam o início de setembro, com economistas de olho nas políticas de definição de taxas e juros.
Esses e outros destaques você confere agora.
ANEEL ANUNCIA REAJUSTE DE 49,6% NA SOBRETAXA DA ENERGIA ELÉTRICA
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (31) que a conta de luz deve ficar mais cara a partir de setembro. A agência anunciou que a sobretaxa da bandeira tarifária nível 2 sofrerá reajuste de 49,6%, indo a R$ 14,20 para cada 100 KWh.
“Nós trabalhamos para ter a oferta suficiente para a demanda de todas as unidades consumidoras no país. Estamos presenciando a maior seca que o país, o Brasil, já passou. E isso com reflexos na capacidade dos nossos reservatórios das usinas hidrelétricas”, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento.
O novo reajuste acontece por conta do agravamento da crise hídrica no país. Segundo o ministro, a oferta de energia elétrica será suficiente para atender a demanda do país.
A mensagem é um pouco diferente do alerta do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) da semana passada, quando a agência disse que a produção de energia elétrica do país será insuficiente a partir de outubro.
Em um pronunciamento para a rede de TV e rádio nacional, o ministro Albuquerque disse que racionamentos compulsórios estão descartados, mas propôs uma espécie de “racionamento voluntário” da própria população.
O governo também estuda um programa de bonificações para a população que conseguir economizar no consumo de energia elétrica. Esse programa, porém, ainda não tem data para entrar em vigor.
BOLSONARO VOLTA A CULPAR A ICMS PELA ALTA NOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
O presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista à Rede Fonte de Comunicação que a culpa da alta nos preços dos combustíveis é da “ganância” dos governadores e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
“O preço não está alto, o que pesa é o ICMS. O grande problema é a ganância. É um crime o que acontece, um assalto explícito em cima do consumidor”, disse o presidente.
O ICMS, porém, não é alterado a anos. Do ponto de vista dos governadores, a culpa do combustível mais caro é dos constantes reajustes promovidos pela Petrobras.
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AGENDA
Nesta quarta-feira (01), o grande destaque do Brasil fica para a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre de 2021. O índice é publicado às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo projeções do mercado, o PIB brasileiro crescerá 0,2% ante o trimestre anterior, quando cresceu 1,2%.
Às 10h, dados do Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial Markit do Brasil são publicados.
Às 14h30, dados do fluxo cambial estrangeiro são publicados pelo Banco Central (BC).
Por fim, às 15h no Brasil, dados da balança comercial referente ao mês de agosto são publicados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Na Alemanha, as vendas do setor de varejo fecharam o mês de julho em queda de -5,1%, ficando muito abaixo das expectativas de queda de -0,9% e representando uma piora do setor ante os dados do mês imediatamente anterior (4,5%).
Ainda na Alemanha, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou o mês de agosto com 62,6 pontos, uma queda comparado com os dados do mês imediatamente anterior (65,9 pontos).
Na França, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou em 57,5 pontos no mês de agosto, uma queda comparado com os dados do mês imediatamente anterior (58,0 pontos).
Na Zona do Euro, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou em 61,4 pontos em agosto, uma queda comparado com os dados do mês imediatamente anterior (62,8 pontos).
No Reino Unido, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial fechou em 60,3 pontos no mês de agosto, uma leve queda comparado com o mês imediatamente anterior (60,4 pontos).
Na Zona do Euro, a taxa de desemprego foi publicada pela Eurostat. No mês de julho, a taxa ficou em 7,6%, uma queda de 0,2% comparado com o mês imediatamente anterior.
Às 10h45 nos Estados Unidos, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) Industrial referente ao mês de agosto será publicado.
Às 13h, tem discurso de Bostic, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
BOLSAS E CÂMBIO
O primeiro dia de setembro é marcado por um tom positivo nas bolsas mundiais, com economistas de olho nos fatores que podem mudar as políticas de juros da Europa e Estados Unidos.
Com as recentes sinalizações do Fed indicando que a inflação dos Estados Unidos é temporária, o mercado financeiro passa a encarar a alta de preços de uma forma mais calma.
A variante Delta do novo Coronavírus, que provocou quedas nas bolsas no mês de agosto, continua sendo um fator de preocupação para a economia global, que pode ter seu crescimento prejudicado por conta do avanço no número de infecções.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,52%, indo a 473,34 pontos
- DAX (GDAXI): +0,22%, indo a 15.870,25 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,78%, indo a 7.175,05 pontos
- CAC 40 (FCHI): +1,16%, indo a 6.757,62 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,74%, indo a 26.200,50 pontos
Mantendo a mesma tendência dos mercados europeu e norte-americano, os índices asiáticos fecharam registrando altas nos seus principais índices.
Os índices chineses registram dados positivos apesar dos dados da manufatura do país indicarem uma queda por conta da demanda prejudicada.
- Hang Seng (HK50): +0,58%, indo a 26.028,29 pontos
- KOSPI (KS11): +0,24%, indo a 3.207,02 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,65%, indo a 3.567,10 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,29%, indo a 28.451,02 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,33%, indo a 4.869,46 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,20%, indo a 15.614,30 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,30%, indo a 35.465,60 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,33%, indo a 4.537,50 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta quarta-feira (01):
- Às 9h03, o Dólar caiu –0,36%, a R$ 5,15
- Às 9h03, o Euro caiu -0,21%, a R$ 6,10
Foto: Agência Brasil / Reprodução
