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Fux sugere “micro parcelamento” de precatórios, crise hídrica é a pior em 91 anos; e mais

4 Minutos de leitura

O presidente do STF e presidente do CNJ, Luiz Fux, sugeriu que o impasse gerado pelos precatórios seja resolvido de outra maneira. O ministro disse que a PEC sugerida pelo governo pode prejudicar a credibilidade do país.

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a crise hídrica é a pior em 91 anos.

Na agenda, o destaque do Brasil é a publicação do Índice de Preços ao Produtor (IPP). 

No mercado internacional, os economistas aguardam pelo discurso de Jerome Powell, do Fed, durante o simpósio de Jackson Hole.

Esses e outros destaques você confere agora.

FUX SUGERE QUE PRECATÓRIOS SOFRAM PARCELAMENTOS MÍNIMOS

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, sugeriu que o governo abandonasse a ideia de parcelamentos dos precatórios de 2022 em nove anos.

Quanto a isso, o ministro sugeriu um modelo de “micro parcelamento”, que deve evitar que o país perca sua credibilidade ao parcelar os precatórios acima de R$ 66 milhões.

“Pegaríamos a dívida no estágio em que ela estava quando surgiu a lei do teto e aplicaríamos um percentual para corrigir aquele montante daquela época. Em vez de ser R$ 89 bilhões, por exemplo, naquela época tinha R$ 50 bilhões. Deve R$ 89 bilhões, paga R$ 50 bilhões agora e paga R$ 39 bilhões no orçamento subsequente. Isso nos dá boa expectativa de pagamento dos precatórios, o que transmite ao mercado segurança jurídica para prosseguir nesse segmento de aplicações”, disse ele no evento da Expert XP.

Isso resolveria, em teoria, os impasses do governo quanto à reformulação do Auxílio Brasil em 2022, e traria menos riscos da PEC cair em irresponsabilidade fiscal.

“Um país que não cumpre seus compromissos é muito mal visto pelo mercado internacional. O inadimplemento coloca o Brasil numa posição não muito respeitável com relação aos países que atraem os negócios do Banco Mundial”, disse ele.

MME: CRISE HÍDRICA É A PIOR EM 91 ANOS

Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a crise hídrica que afeta as regiões Sudeste e Centro-oeste é a pior em 91 anos. Segundo o ministro Bento Albuquerque, novos ajustes são previstos na bandeira tarifária, assim como planos de bonificações para consumidores que economizarem o consumo de energia elétrica.

“A bandeira reflete o custo da energia. Como estamos vivendo condições excepcionais, como a nossa bandeira tem sido continuamente desfavorável e o custo aumentou. A bandeira tarifária não é uma penalização”, disse o ministro.

O governo trabalha com políticas voluntárias tanto para a indústria quanto para os consumidores. Por enquanto, qualquer possibilidade de racionamento compulsório está descartada.

 “Particularmente, nos reservatórios da região Sul que corresponde a 10% da nossa capacidade de armazenamento e nos reservatórios como um todo”, disse o ministro.


Saiba mais

Efeito cascata: entenda como a retomada econômica brasileira pode ser prejudicada pelos efeitos inflacionários da crise hídrica


AGENDA

Nesta sexta-feira (27), o destaque na agenda brasileira fica para a publicação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de julho. Os dados são publicados pelo Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, às 9h30, são publicados pelo Banco Central (BC) os dados de empréstimos bancários referente ao mês de julho.

Durante a madrugada da Europa, dados de preços de bens importados na Alemanha referente ao mês de julho foram publicados. O índice acelerou (2,2%) comparado com os dados do mês imediatamente anterior (1,6%).

Na França, o índice de confiança do consumidor ficou em 99 pontos no mês de agosto, queda de 1 ponto comparado com o mês imediatamente anterior.

Na Itália, o índice de confiança do consumidor fechou o mês de agosto registrando 116,2 pontos, representando uma queda de 0,4 ponto comparado com o mês imediatamente anterior.

Às 9h30 nos Estados Unidos, é publicado o núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) referente ao mês de julho.

Às 10h, acontece o segundo dia do simpósio de Jackson Hole.

Às 11h, acontece o aguardado discurso de Jerome Powell, chairman da Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

BOLSAS E CÂMBIO

Na expectativa pelo discurso do Powell, os índices mundiais passam por um momentâneo otimismo. Os efeitos causados pela variante Delta do novo Coronavírus dá lugar à ansiedade quanto uma possível mudança na política de compra de ativos do Banco Central dos Estados Unidos.

Uma possível mudança pode significar um novo momento nesta era pós-pandemia, podendo dar menos liquidez ao Dólar.

Na Europa, ganhos magros e perdas marcam a manhã desta sexta-feira (27).

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,03%, indo a 470,52 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,05%, indo a 15.785,90 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): -0,06%, indo a 7.120,45 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,13%, indo a 6.657,68 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,21%, indo a 25.916,50 pontos

Na mesma direção, as bolsas asiáticas fecharam registrando resultados mistos nos seus principais índices.

Além do aguardo pelo discurso do Fed, os economistas seguem de olho nas pressões regulatórias da China.

  • Hang Seng (HK50): -0,03%, indo a 25.407,89 pontos
  • KOSPI (KS11): +0,17%, indo a 3.133,90 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,59%, indo a 3.522,16 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,36%, indo a 27.641,14 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,53%, indo a 4.827,04 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados positivos:

  • Nasdaq 100 Futuros: +0,34%, indo a 15.330,50 pontos
  • Dow Jones Futuros: +0,22%, indo a 35.290,90 pontos
  • S&P 500 Futuros: +0,29%, indo a 4.482,70 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta sexta-feira (27):

  • Às 9h03, o Dólar caiu 0,04%, a R$ 5,24
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,07%, a R$ 6,17

Foto: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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