Na agenda do dia, o destaque fica para o índice da inflação na Zona do Euro. Os resultados devem corroborar para o futuro reajuste nas taxas de juros que ainda deve acontecer neste mês.
Nos mercados, ganhos magros abrem o dia. Após uma carta enviada pela Gazprom, a crise energética europeia deve se ampliar.
Acompanhe os destaques do mercado desta terça-feira (19).
AGENDA
No Reino Unido, a taxa de desemprego ficou em 3,8% em maio, a mesma registrada no mês anterior.
Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 8,6% na taxa anual de junho (0,8% na taxa mensal), ficando de acordo com as expectativas e assumindo uma aceleração ante a alta de 8,1% do mês anterior. O núcleo (IPC-Núcleo) da inflação subiu 3,7% na taxa anual.
Às 9h30 nos Estados Unidos, o índice de licenças de construção de junho é divulgado pelo Census Bureau.
Às 9h55 nos EUA, o índice Redbook do mercado varejista é divulgado.
Para finalizar o dia, a China publica seus dados de investimentos estrangeiros diretos de junho.
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MERCADOS
Com o mercado energético no radar dos investidores, os índices europeus registram resultados magros na manhã desta terça-feira (19).
Em uma carta adquirida pela Reuters, a Gazprom, maior companhia energética russa, disse que as interrupções no suprimento de gás natural para a Europa acontecem por circunstâncias “extraordinárias” e fora do controle da empresa.
A companhia declarou força maior no suprimento de gás para o continente europeu. Embora a cláusula não indique diretamente uma interrupção geral no fornecimento da commodity, caso a Gazprom falhe nos seus contratos, estará parcialmente protegida judicialmente.
A Gazprom também não especificou que situações “extraordinárias” justificam a ação, o que deixa o mercado em uma situação incerta.
Existe um medo de que o gasoduto Nord Stream 1, que fechou por dez dias para uma manutenção programada e está previsto para retornar na quinta-feira (21), pode ter seu fluxo de gás totalmente cortado como um instrumento de retaliação da Rússia.
Caso isso aconteça, a crise energética europeia tende a piorar, já que o continente ainda é fortemente dependente do suprimento russo. Além disso, a demanda deve aumentar cada vez mais na medida em que o inverno no hemisfério norte se aproxima.
A carta aumenta as tensões no mercado energético global, que já sofre intensas pressões desde o início da guerra na Ucrânia. Na manhã desta terça (29), os contratos futuros do gás holandês TTF estão custando € 159,5 por megawatt-hora. Antes do conflito iniciar em março, os contratos estavam custando cerca de € 70.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,20%, indo a 418.46 pontos
- DAX (GDAXI): +0,09%, indo a 12.972,01 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,36%, indo a 7.249,34 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,05%, indo a 6.088,94 pontos
- IBEX 35 (IBEX): +1,29%, indo a 8.066,16 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,42%, indo a 21.258,00 pontos
Acompanhando os resultados de Wall Street, os mercados asiáticos registraram resultados negativos no fechamento desta terça-feira (19), com exceção para um índice chinês e o de referência no Japão.
- Hang Seng (HK50): -0,89%, indo a 20.661,06 pontos
- KOSPI (KS11): -0,18%, indo a 2.370,97 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +0,04%, indo a 3.279,43 pontos
- Nikkei 225 (N225): +1,66%, indo a 29.025,46 pontos
- Taiwan Capitalization Weighted Stock Index (TAIEX): -0,17%, indo a 14.694,08 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -1,16%, indo a 4.874,78 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,93%, indo a 11.988,30 pontos
- Dow Jones Futuros: +0,67%, indo a 31.280,20 pontos
- S&P 500 Futuros: +0,87%, indo a 3.864,00 pontos