Destaques do dia

Petrobras diz que tudo que excede R$ 2 não é da responsabilidade da estatal, Câmara aprova LDO que viabiliza o Auxílio Brasil; e mais

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Segundo o presidente da Petrobras, valores que excedem R$ 2 não são de responsabilidade da estatal. As falas vieram após declarações do presidente da República. 

Na câmara, alterações na LDO de 2022 foram aprovadas para acomodar o Auxílio Brasil, programa social que o governo federal pretende colocar na rua ainda neste ano. 

Na agenda do dia, atenção virada para a publicação da ata do Copom e para as falas de Jerome Powell. 

Nas bolsas globais, os mercados reagem a indícios ruins da inflação norte-americana e um PIB mais fraco na China. 

Esses e outros destaques você confere agora. 

PETROBRAS: “TUDO QUE EXCEDE R$ 2 NÃO É NOSSA RESPONSABILIDADE” 

Segundo o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, todos os preços de combustíveis que excedem R$ 2 não são “nossa responsabilidade”. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa realizada às pressas nesta segunda-feira (27). 

“A Petrobras recebe cerca de R$ 2 por litro [de gasolina] na bomba. Essa parcela, que corresponde à Petrobras, se destina a cobrir o custo de exploração, de produção e refino do óleo, investimentos permanentes, juros da dívida, impostos e participações governamentais”, disse o presidente da estatal. 

As declarações acontecem após as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a política de preços dos combustíveis. Nesta segunda-feira (27), o presidente disse que “nada não está tão ruim que não possa piorar” quando se referia a possíveis futuros reajustes promovidos pela Petrobras. 

Durante a coletiva de imprensa, o presidente da estatal apresentou uma imagem que representaria os valores recebidos pela estatal por litro da gasolina. Segundo ele, enquanto 34% do custo cabe à Petrobras, o restante se refere aos impostos federais e estaduais, além dos preços de distribuição e revenda. 

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Imagem: Reprodução 

“Entendemos que isso [aumento de preços] está com o governo, Ministério de Minas e Energia, Economia e com a Casa Civil”, disse ele. “Continuamos trabalhando da forma como sempre. A maneira que a Petrobras acompanha o preço da paridade internacional do Brent, as mudanças em relação ao câmbio, a análise permanente para ver se isso são conjunturais ou estruturais. Essa mudança [na política de preços] não existe”. 

A Petrobras também anunciou nesta segunda-feira (27) que deve aplicar um novo reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias, pressionado pela variação no mercado internacional. 

“Acompanhamos o dia a dia desses movimentos, a permanência ou não de uma situação. Vemos o preço do brent se posicionar em um valor elevado, e está sinalizando realmente para a necessidade de reajuste do preço”, disse Joaquim Silva e Luna. 

CÂMARA APROVA LDO QUE ABRE ESPAÇO PARA O AUXÍLIO BRASIL 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (27) mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que abrem espaço para a criação do Auxílio Brasil, que representa a reformulação do Bolsa Família. 

A intenção é colocar o programa na rua ainda neste ano, de preferência em novembro. Neste caso, ele será financiado através dos recursos arrecadados pela mudança temporária no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). 

Para o ano que vem, o governo federal se vê obrigado a passar a PEC dos Precatórios, que diminuirá o valor pago pelo governo federal em 2022, e da reforma no Imposto de Renda (IR), cuja votação no Senado deve acontecer no ano que vem. 

“A reforma do Imposto de Renda já foi votada pela Câmara e será em breve pelo Senado. A PEC dos Precatórios deve ter tramitação acelerada para abrir espaço fiscal para o auxílio chegar e diminuir a dor das famílias que vivem na pobreza”, diz o deputado Juscelino Filho (DEM-MA), relator da LDO de 2022. 


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AGENDA 

No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento da reunião que ocorreu na semana passada foi publicado às 8h pelo Banco Central (BC). 

Em Hong Kong, a balança comercial registrou um déficit de -26,3B, um avanço considerando os dados do mês anterior (-34,9B). 

Na França, o índice de confiança do consumidor fechou setembro registrando 102 pontos, uma leve aceleração considerando os dados do mês imediatamente anterior (99 pontos). 

Às 9h, discursa Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). 

Nos Estados Unidos, às 9h30, são publicados dados da balança comercial de bens referente ao mês de agosto. 

Às 11h nos EUA, é publicado o índice de confiança do consumidor da Conference Board referente ao mês de setembro. 

No mesmo horário, ainda nos EUA, o mercado aguarda pelo depoimento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserva (Fed). 

BOLSAS E CÂMBIO 

Os índices globais apontam para perdas consideráveis na manhã desta terça-feira (28), com todos os principais índices da Europa registrando baixas no início do dia. 

Os economistas aguardam as falas do presidente do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, Jerome Powell, que deve indicar que os efeitos inflacionários no país, os quais ele já havia dito que eram temporários, devem causar mais pressões daqui para frente. 

Caso a inflação surpreenda a economia do país, os juros básicos do país, que estão em baixa recorde de 0% a 0,2%, podem sofrer reajustes antes do previsto. 

Às 8h da manhã: 

  • STOXX 600 (STOXX): -1,47%, indo a 455,62 pontos 
  • DAX (GDAXI): -1,35%, indo a 15.363,15 pontos 
  • FTSE 100 (FTSE): -0,46%, indo a 7.030,83 pontos 
  • CAC 40 (FCHI): -1,74%, indo a 6.535,51 pontos 
  • FTSE MIB (FTMIB): -1,19%, indo a 25.820,00 pontos 

Acompanhando o mercado europeu, os índices asiáticos registram resultados negativos em boa parte das bolsas nesta terça-feira (28). 

Por lá, além de reações às falas do Fed, os economistas esperam pela publicação de um Produto Interno Bruto (PIB) chinês mais fraco, com uma economia afetada pelo avanço da variante Delta do novo Coronavírus e o esfriamento do mercado. 

  • Hang Seng (HK50): +1,20%, indo a 24.500,39 pontos 
  • KOSPI (KS11): -1,14%, indo a 3.097,92 pontos 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,54%, indo a 3.602,22 pontos 
  • Nikkei 225 (N225): -0,19%, indo a 30.183,96 pontos 
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,13%, indo a 4.883,83 pontos  

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos: 

  • Nasdaq 100 Futuros: -1,54%, indo a 14.970,30 pontos 
  • Dow Jones Futuros: 0,42%, indo a 34.723,40 pontos 
  • S&P 500 Futuros: 0,84%, indo a 4.405,90 pontos 

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (28): 

  • Às 9h03, o Dólar subiu +0,49%, a R$ 5,40 
  • Às 9h03, o Euro subiu +0,39%, a R$ 6,31 

Foto: Presidência da República / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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