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Banco Central do Japão alerta para recuperação lenta e riscos relacionados à China enquanto estado de emergência pela pandemia é suspenso

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Enquanto várias potências mundiais ainda sentem os efeitos provocados pelo avanço da variante Delta do novo Coronavírus, o Japão já iniciou seus planos de suspensão das medidas de emergências. O país, que registrava 25 mil novos casos diários pela doença no mês passado, agora registra menos de 2 mil.

“Graças ao progresso da vacinação e da aplicação de medicamentos com anticorpos neutralizantes, nós estamos entrando em uma fase onde serviços médicos já podem ser oferecidos de maneira estável mesmo com um certo grau de novas infecções”, disse o primeiro-ministro Yoshihide Suga.

As medidas devem ser suspendidas de forma gradual. Primeiramente, o governo aplicará um sistema de certificado onde apenas restaurantes aprovados poderão ficar abertos após às 21h.

Além disso, o comércio de bebidas alcoólicas em abastecimentos fica permitido e sob gestão de governos locais.

Embora o Japão tenha sido atingido de maneira um pouco menos intensa pela pandemia comparado com países como o Estados Unidos e o Brasil, a alta nas infecções dos últimos meses fez com que o governo aprovasse medidas emergenciais em 80% do país.

A alta nas internações e óbitos nos grandes centros forçou que o país realizasse as Olimpíadas de Tóquio sem a presença de público. Mesmo assim, diversos casos foram registrados graças ao intenso fluxo de pessoas, incluindo atletas, jornalistas e comissões técnicas de todo o mundo.

A má gestão da pandemia fez com o primeiro-ministro Suga desistisse de concorrer as próximas eleições do país, deixando para a Liberal Democratic Party (LDP) a tarefa de escolher um novo líder para a nação.


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Japão revisa crescimento econômico e PIB do segundo trimestre surpreende


Nesta semana, algumas autoridades do Banco Central do Japão (BoJ em inglês) alertaram na ata publicada pela entidade que os efeitos da pandemia e dos riscos relacionados à China podem atrasar mais ainda a recuperação econômica do país. A entidade manteve a política monetária do país, mas já prevê um crescimento econômico mais fraco em 2021.

“Alguns membros disseram que o momento de uma recuperação completa da economia do Japão provavelmente será um pouco adiado”, diz a ata do BoJ. “Muitos membros disseram que as perspectivas econômicas no exterior eram altamente incertas, com vários riscos”.

Quanto aos riscos, o BoJ alerta para a possível desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) da China, que é provocado não só pelo avanço da variante Delta do novo Coronavírus, mas também pelo esfriamento da economia. Além disso, a depender do que pode acontecer com a segunda maior incorporadora do país, a Evergrande, o crescimento do país também pode ser afetado.

O BoJ também demonstrou preocupação com as taxas de juros dos Estados Unidos, já que os efeitos inflacionários da potência norte-americana parecem ter surpreendido o Federal Reserve (Fed) do país.

“Se o aumento nas taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos acelerar, devemos estar vigilantes quanto ao risco de saída de capital das economias emergentes”, diz a ata do BoJ.

Foto: Reuters / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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