Destaques do dia

Reforma Tributária deve ser votada hoje, Guedes indica que PEC dos precatórios é essencial para garantir salários; e mais

4 Minutos de leitura

Após adiamentos e mudanças, a reforma que trata de mudanças no Imposto de Renda deve ser votada ainda hoje, segundo sinalizações dadas pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo o ministro da Economia, a ausência da PEC dos precatórios pode prejudicar o pagamento de salários no funcionalismo público.

Na agenda econômica, o destaque fica para a publicação do setor de varejo dos EUA e dados de crescimento econômico da Zona do Euro.

Além dos índices que devem ser publicados hoje (17), as bolsas reagem às novas pressões regulatórias feitas por órgão chineses, que devem prejudicar o setor de tecnologia do país.

Esses e outros destaques você confere agora.

SEGUNDA PARTE DA REFORMA TRIBUTÁRIA QUE TRATA DO IR DEVE SER VOTADA HOJE

Após inúmeros adiamentos, mudanças feitas na proposta e discussões no Congresso Nacional, a segunda parte da Reforma Tributária, que trata de mudanças no Imposto de Renda (IR), deve ser votada nesta terça-feira (17) segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Segundo o relator da proposta, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), novas mudanças à proposta não devem mais acontecer. O texto enviado ao Congresso na semana passada é definitivo.

De acordo com as últimas mudanças promovidas pelo relator, a redução no Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) será de 8,5 p.p., indo de 25% para 16,5%. No texto anterior, a redução seria de 9,5 p.p.

Além disso, empresas que pagam IR pelo regime de lucro presumido, com faturamento de até R$ 4,8 milhões, terão isenção total sobre os lucros e dividendos.

Quanto à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a redução segue de 9% para 7,5%.

“Vigilante e soberana, a Câmara avança nas reformas, como a tributária que votaremos nesta semana, na certeza de que o país precisa de mais trabalho e menos confusão”, disse Arthur Lira sobre a votação da proposta.

GUEDES DIZ QUE AUSÊNCIA DA PEC DOS PRECATÓRIOS PODE AFETAR SALÁRIOS

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do parcelamento de precatórios é fundamental para garantir o pagamento de salários no funcionalismo público.

O ministro também afirmou que a medida, que deve criar um espaço no Orçamento, não acontece exclusivamente para acomodar as despesas ligadas ao Auxílio Brasil, programa que deve marcar a reformulação do Bolsa Família.

“O espaço que eu tenho neste ano, entre despesas obrigatórias e o teto de gastos, é de R$ 96 bilhões. Pegaram despesa de precatório de R$ 55 bilhões em 2021 e passaram para R$ 90 bilhões em 2022. Sem a solução que estamos propondo, ninguém recebe salário no setor público, nem ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Portanto, não se trata de acomodar despesas para pagar o novo Bolsa Família”, disse Guedes.


Saiba mais

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AGENDA

Sem destaques para o Brasil, o dia é marcado pela publicação de dados trabalhistas do Reino Unido e econômicos dos Estados Unidos, além de dados preliminares de crescimento da economia europeia.

Pela madrugada, no Reino Unido, o índice de rendimentos médios semanais (excluindo bônus) cresceu 8,8% em junho frente ao mês imediatamente anterior, mantendo a taxa de crescimento iniciada em abril.

Ainda no Reino Unido, a taxa de desemprego ficou em 4,7% em junho, ficando um pouco abaixo das expectativas do mercado.

Na Zona do Euro, dados preliminares trabalhistas indicam uma variação do emprego subindo 0,5% no segundo trimestre de 2021, ficando bem acima das expectativas do mercado, que apostava em uma retração de -0,2%.

Dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro indicam alta de 2,0% no segundo trimestre do ano frente ao trimestre imediatamente anterior, ficando de acordo com as projeções do mercado.

Nos Estados Unidos, às 9h30, espera-se que as vendas no setor de varejo caiam em -0,3% em julho. Em junho, as vendas no setor haviam crescido 0,6%.

Às 10h15 nos Estados Unidos, a produção industrial referente ao mês de julho é publicada, com expectativa de alta de 0,5% no setor.

Às 14h30, discursa Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos.

Para fechar o dia, às 20h50 são publicados no Japão os dados da balança comercial do país referente ao mês de julho.

BOLSAS E CÂMBIO

No aguardo pelos dados de vendas do varejo dos Estados Unidos, as bolsas europeias e futuras dos EUA começam o dia em um tom negativo, com expectativa de retração no setor pelos economistas.

As bolsas também reagem aos dados preliminares do PIB da Zona do Euro, bem como as publicações trabalhistas do Reino Unido.

Fatores que marcam o mercado internacional, como a variante Delta do novo Coronavírus, continuam pautando o dia. O avanço no número de infecções já causa danos à economia da China, e esse padrão pode se estender para o resto do planeta a depender das aplicações de políticas públicas.

Nos Estados Unidos, o grande problema enfrentado é em relação à adesão à vacinação. As doses já estão disponíveis para todos os cidadão do país, mas o dano causado pelo negacionismo mantém a taxa de novas infecções alta.

Às 8h da manhã:

  • STOXX 600 (STOXX): -0,13%, indo a 472,84 pontos
  • DAX (GDAXI): -0,19%, indo a 15.895,65 pontos
  • FTSE 100 (FTSE): +0,19%, indo a 7.167,57 pontos
  • CAC 40 (FCHI): -0,51%, indo a 6.803,94 pontos
  • FTSE MIB (FTMIB): -0,92%, indo a 26.204,50 pontos

Na mesma direção, as bolsas asiáticas fecharam registrando baixas nos seus principais índices.

Dessa vez, os investidores começam a receber o que temiam: mais pressões regulatórias da China, dessa vez no grande setor de tecnologia do país.

A State Administration for Market Regulation (SAMR) disse nesta semana que deve fortalecer as regras que controlam o uso de dados de usuários, além de medidas que visam acabar com a disputa injusta de mercado.

  • Hang Seng (HK50): -1,66%, indo a 25.745,87 pontos
  • KOSPI (KS11): -0,89%, indo a 3.143,09 pontos
  • Shanghai Composto (SSEC): -2,00, indo a 3.446,98 pontos
  • Nikkei 225 (N225): -0,36%, indo a 27.424,47 pontos
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -2,10%, indo a 4.837,40 pontos 

Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:

  • Nasdaq 100 Futuros: -0,33%, indo a 15.090,20 pontos
  • Dow Jones Futuros: -0,55%, indo a 35.430,90 pontos
  • S&P 500 Futuros: -0,45%, indo a 4.459,50 pontos

Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (17):

  • Às 9h05, o Dólar caiu -0,16%, a R$ 5,27
  • Às 9h05, o Euro caiu -0,28%, a R$ 6,20

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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