Na agenda brasileira, destaque para o IPP de fevereiro e a inflação do aluguel referente a março. No mercado internacional, é divulgada a segunda e última revisão do PIB dos EUA de 2021.
Nos índices, a guerra na Ucrânia segue preocupando os investidores, embora a aceitação de neutralidade por parte de Kiev indique um possível fim no conflito.
Confira os destaques do mercado desta quarta-feira (30).
AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Índice de Preços ao Produtor (IPP) referente ao mês de fevereiro. Os dados são divulgados às 9h pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) referente ao mês de março foi divulgado agora a pouco. A chamada inflação do aluguel subiu 1,74%, uma desaceleração comparada com a alta de 1,83% do mês anterior.
Na taxa acumulada dos últimos 12 meses, a inflação do aluguel teve alta de 14,77%.
Às 9h30, os dados de empréstimos bancários referentes ao mês de fevereiro são divulgados pelo Banco Central (BC).
Às 14h30, o Banco Central (BC) divulga dados do fluxo cambial estrangeiro.
Na Espanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) preliminar de março subiu 3% na taxa mensal e 9,8% na taxa acumulada anual.
Às 5h da manhã, teve discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). A presidente disse que caso as perspectivas da inflação permanecerem as mesmas, o programa de compras de ativos (APP) será finalizado no terceiro trimestre deste ano.
Às 9h30, é divulgada a segunda e última revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao quarto trimestre de 2021.
Às 11h30, são divulgados dados de estoques de petróleo bruto.
Às 22h30 na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto referente ao mês de março é divulgado.
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MERCADOS
“Quanto mais tempo a guerra durar, maiores os custos provavelmente serão”, disse Christine Lagarde na madrugada desta quarta-feira (30) ao dizer que o conflito no leste europeu trará momentos difíceis para o continente.
A guerra na Ucrânia segue no radar de todas as potências globais, que aguardam por algum tipo de tratado de paz nas conversas diplomáticas que já duram semanas.
A última rodada de negociações, que aconteceu ontem (29) na Turquia, foi marcada pela proposta da Ucrânia de ser uma nação neutra, o que significaria não entrar em blocos como a OTAN e União Europeia (EU). Além disso, o país também não participaria de futuras guerras e conflitos em outros lugares.
Em resposta às negociações, o governo da Rússia disse que reduzirá drasticamente os ataques à capital Kiev, embora novos bombardeios tenham marcado a madrugada de hoje.
“No sentido de fortalecer a confiança mútua e criar condições necessárias para negociações futuras e alcançar o objetivo final de assinar um acordo, tomamos a decisão de reduzir radicalmente e por uma ampla margem as atividades militares nas direções de Kiev e Chernihiv”, disse o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin.
Segundo a ONU, o número de refugiados que fugiram da Ucrânia já passou de 4 milhões, um dos fluxos mais rápidos desde a Segunda Guerra mundial. Mais da metade das pessoas foram para a Polônia, país vizinho.
O anúncio de um possível acordo trouxe alívio para o preço do barril de petróleo. O brent, do Mar do Norte, chegou a despencar de US$ 111 por barril para US$ 103. Na manhã de hoje, os contratos estão a US$ 110 por barril.
Os mercados ainda seguem analisando os danos causados pela guerra na economia mundial. Segundo a ONU, a Rússia, ao atacar a Ucrânia, deve provocar uma crise alimentar no mundo, já que importantes produtos alimentícios, como milho, trigo e cevada, são exportadas pelos dois países em guerra.
Nesta terça-feira (29), líderes de países, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseram estar preparados para intensificar a rodada de sanções contra o governo de Putin, o que deve minar ainda mais a economia do país.
Às 8h da manhã, os índices europeus registram resultados negativos:
- STOXX 600 (STOXX): -0,49%, indo a 459,82 pontos
- DAX (GDAXI): -1,33%, indo a 14.622,69 pontos
- FTSE 100 (FTSE): +0,05%, indo a 7.541,02 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,85%, indo a 6.734,49 pontos
- IBEX 35 (IBEX): –0,68%, indo a 8.556,15 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,39%, indo a 25.210,00 pontos
Em uma direção oposta aos mercados europeus, os índices asiáticos registram resultados positivos nesta quarta-feira (30).
Por lá, o fim do dia do mercado foi marcado pela onda positiva provocada pelo anúncio de neutralidade da Ucrânia.
- Hang Seng (HK50): +1,39%, indo a 22.232,03 pontos
- KOSPI (KS11): +0,21%, indo a 2.746,74 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,96%, indo a 3.266,60 pontos
- Nikkei 225 (N225): -0,80%, indo a 28.027,25 pontos
- Taiwan Capitalization Weighted Stock Index (TAIEX): +1,09%, indo a 17.740,56 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +2,90%, indo a 4.254,10 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados negativos:
- Nasdaq 100 Futuros: -0,46%, indo a 15.169,40 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,23%, indo a 35.213,40 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,28%, indo a 4.618,80 pontos
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