A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou nesta quarta-feira (30) o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a ‘inflação do aluguel’. O índice desacelerou neste mês, avançando 1,74%, ante 1,83% em fevereiro.
Na comparação anual, o índice também apresenta desaceleração. Em março de 2021, o IGP-M havia subido 2,94% e tinha alta de 31,10% em 12 meses. Agora, o acumulado dos últimos 12 meses está em 14,77%.
O resultado de março, no entanto, ficou acima das expectativas do mercado. Isso porque, segundo coordenador da pesquisa, o aumento recente nos preços dos combustíveis afetou os preços e trouxe impactos para toda a cadeia de consumo.
“Nesta apuração, os combustíveis, cujos preços foram reajustados no dia 11/03, começaram a influenciar os resultados da inflação ao produtor e ao consumidor. O preço do diesel avançou para 8,89% ao produtor e, o da gasolina, subiu 1,36% ao consumidor. Os preços do trigo (de 1,69% para 4,90%), da farinha de trigo (de 2,68% para 6,25%) e dos pães e bolos industrializados (de 1,11% para 1,20%) também começaram a registrar aceleração no índice ao produtor”, apontou André Braz, coordenador da pesquisa.
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O IGP-M é popularmente chamado de ‘inflação do aluguel’ no mercado. Isso porque o índice é usado como referência de reajuste no valor de diversos tipos de contratos, especialmente locação de imóveis. Contratos de aluguéis vencendo no mês de abril, por exemplo, serão reajustados usando como referência os 14,77% de alta do índice nos últimos 12 meses.