Nesta segunda-feira (14), acontece a quarta rodada de negociações entre as delegações de Rússia e Ucrânia para debater os termos para um possível fim do conflito que se estende no leste europeu desde o dia 24 de fevereiro. A informação foi dada em primeira mão ontem (13) por Mykhailo Podoliak, assessor da presidência ucraniana e parte da delegação do país nas negociações.
Segundo Podoliak, a reunião de hoje, que está acontecendo desde às 10h30 (horário de Kiev, 5h30 em Brasília) segundo a agência Reuters, está sendo feita em forma de videoconferência. Ainda, segundo o assessor da presidência ucraniana, as negociações foram conduzidas de forma ininterrupta ao longo da última semana, desde o fim da terceira rodada de negociações presenciais em Minsk na segunda-feira passada (07).
“As negociações são ininterruptas no formato de videoconferências. Os grupos de trabalho estão em constante funcionamento. Um grande número de questões requer atenção constante. Na segunda-feira, 14 de março, será realizada uma sessão de negociação para discutir os resultados preliminares”, apontou Podoliak.
Nos últimos dias, representantes dos dois países têm mostrado otimismo com o avanço nas conversas para a resolução do conflito. Também em seu Twitter, Mykhailo Podoliak apontou que as conversas com a Rússia têm avançado à medida que os representantes do país têm compreendido as demandas ucranianas.
“Nas negociações, a Federação da Rússia não faz ultimatos, mas ouve atentamente nossas propostas. A Ucrânia não abrirá mão de nenhuma das posições. Nossas demandas são o fim da guerra e a retirada das tropas da Federação da Rússia. Eu vejo o entendimento e há um diálogo”, apontou Podoliak. O assessor da presidência ucraniana afirmou ainda acreditar que um avanço significativo nas negociações pode acontecer em “questão de dias”.
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Do lado russo, também há otimismo quanto o progresso nas conversas. Na sexta-feira (11), o presidente Vladimir Putin afirmou que “há alguns progressos nas conversas com a Ucrânia” em um encontro com o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko. O Kremlin – governo russo – afirmou a partir de um porta-voz que o país está pronto para dar um fim ao conflito caso as demandas da Rússia sejam atendidas.
Para dar fim à invasão, a Rússia pede que a Ucrânia reconheça a Criméia – província sob controle russo desde 2014 – como território russo e também exige que a Ucrânia reconheça a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, situadas na região separatista do Donbass. A Rússia ainda incluiu nas suas demandas que a Ucrânia desista de sua entrada na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Neste sábado (12), no entanto, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que esteve em reunião com Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, para conversar sobre a entrada da Ucrânia na UE. “Nós discutimos a questão do aumento do apoio financeiro à Ucrânia e a pressão das sanções sobre o agressor. Foi dada especial atenção ao processo de negociação sobre a adesão da Ucrânia à UE”.
Imagem em destaque: Twitter / reprodução
