Internacional

Brasil tem melhor desempenho da história nas Olimpíadas de Tóquio; Relatório sobre clima preocupa ONU; mercado internacional e mais

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BRASIL TEM MELHOR DESEMPENHO DA HISTÓRIA NAS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO

As Olimpíadas de Tóquio se encerraram neste domingo (09). A delegação brasileira deixa  a capital japonesa com resultado histórico: a melhor participação do país na histórica dos Jogos Olímpicos.

O Brasil conquistou 7 ouros, empatando com o desempenho na Rio 2016. Somados às 6 pratas e os 8 ouros, o total de 21 pódios foi a melhor marca da história do esporte olímpico brasileiro, superando as 19 medalhas conquistadas há 5 anos. A 12ª colocação no quadro de medalhas também foi o melhor desempenho brasileiro, ante o 13º lugar no Rio de Janeiro.

A melhora no desempenho brasileiro em Tóquio ante o desempenho no Rio é um fato raro. De forma geral, os países costumam ter um resultado acima da média quando sediam os Jogos Olímpicos e, na edição seguinte, caem para um patamar mais baixo.

Esse resultado positivo e atípico foi impulsionado por modalidades estreantes em Olimpíadas. O skate trouxe três medalhas de prata para o Brasil, com Kelvin Hoefler, Rayssa Leal e Pedro Barros. No surfe, Ítalo Ferreira foi o primeiro campeão da história do torneio olímpico da modalidade, foi também o primeiro ouro do Brasil em Tóquio.

Enquanto as modalidades estreantes fizeram sucesso, o vôlei, onde o Brasil geralmente coleciona medalhas, decepcionou. Pela primeira vez desde Atlanta 1996, quando foi integrado ao programa olímpico, o vôlei de praia brasileiro não conquistou nenhuma medalha. A única medalha do vôlei brasileiro veio na quadra, com a prata conquistada pela seleção feminina, grande surpresa da competição.

O boxe trouxe três medalhas ao Brasil, um ouro, uma prata e um bronze, com os pugilistas Hebert Conceição, Bia Ferreira e Abner Teixeira, respectivamente.

Na ginástica artística, Rebeca Andrade se tornou a primeira medalhista da história do Brasil na ginástica feminina. Com um ouro no salto e uma prata na final do individual geral, ela ainda se tornou a primeira atleta brasileira a conquistar duas medalhas em uma mesma Olimpíada.

Tivemos ainda dois “repetentes” no topo do pódio. As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o bicampeonato olímpico na classe 49er FX, repetindo o feito alcançado na Rio 2016. A seleção olímpica de futebol masculino venceu a Espanha na final e também conquistou o segundo ouro seguido.

As águas foram fonte de muitas medalhas ao Brasil. Além do ouro de Martine e Kahena na vela, a natação não decepcionou e trouxe três medalhas ao Brasil. A baiana Ana Marcela Cunha foi campeã na maratona aquática, seis vezes premiada como melhor nadadora de águas abertas do mundo, ela finalmente adicionou um ouro olímpico à sua coleção. Nas piscinas, Fernando Scheffer e Bruno Fratus conquistaram o bronze.

Por fim, o canoísta Isaquias Queiroz conquistou o ouro na Canoa Individual C1 1.000m. Depois de duas pratas e um bronze na Rio 2016, Isaquias chegou a sua quarta medalha olímpica, ficando atrás somente dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael (5 medalhas).

No quadro de medalhas, os Estados Unidos batalharam para manter seu domínio em Jogos  Olímpicos. Foi somente no último dia do evento que os norte-americanos conseguiram ultrapassar a China no ranking de medalhas. Em Tóquio, os EUA  chegaram a 113 medalhas no total, recorde do país em Olimpíadas.

Japão, Grã-Bretanha e Comitê Olímpico Russo fecharam o top-5. O Brasil, como citado anteriormente, ficou na 12ª posição, a melhor colocação brasileira na história dos Jogos Olímpicos.

Confira a seguir o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

#PaísOuroPrataBronzeTotal
1Estados Unidos394133113
2China38321888
3Japão27141758
4Grã-Bretanha22212265
5Atletas da Rússia20282371
12Brasil76816

ONU: RELATÓRIO SOBRE CLIMA É “ALERTA VERMELHO”

(Agência Brasil) O relatório sobre o clima, publicado hoje (9) pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), é um “alerta vermelho” que deve fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que “destroem o planeta”. A afirmação foi feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

O relatório mostra uma avaliação científica dos últimos sete anos e “deve significar o fim do uso do carvão e dos combustíveis fósseis, antes que destruam o planeta”, segundo avaliação de Guterres, em comunicado.

O secretário pede que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. “Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”, acrescentou Guterres.

O relatório estima que o limiar do aquecimento global (de + 1,5° centígrado), em comparação com o da era pré-industrial, vai ser atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, “ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes”.

“Trata-se de um alerta vermelho para a humanidade”, disse António Guterres. “Os alarmes são ensurdecedores: as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta”, disse o secretário. 

No mesmo documento, ele pede igualmente aos dirigentes mundiais, que se vão reunir na Conferência do Clima (COP26) em Glasgow, na Escócia, no próximo mês de novembro, que alcancem “sucessos” na redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Se unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para desculpas”, apelou Guterres.

De acordo com o documento do IPCC, a temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa. No novo relatório, que saiu com atraso de meses devido à pandemia de covid-19, o painel considera vários cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance.

Manter a atual situação, em que a temperatura global é, em média, 1,1 grau mais alta que no período pré-industrial (1850-1900), não seria suficiente: os cientistas preveem que, dessa forma, se alcançaria um aumento de 1,5 grau em 2040, de 2 graus em 2060 e de 2,7 em 2100.

Esse aumento, que acarretaria mais acontecimentos climáticos extremos, como secas, inundações e ondas de calor, está longe do objetivo de reduzir para menos de 2 graus, fixado no Acordo de Paris, tratado no âmbito das nações, que fixa a redução de emissão de gases de efeito estufa a partir de 2020, impondo como limite de subida 1,5 grau centígrado.

O estudo da principal organização que estuda as alterações climáticas, elaborado por 234 autores de 66 países, foi o primeiro a ser revisto e aprovado por videoconferência.

Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se passem duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos.


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MILHARES DE ARGENTINOS VÃO ÀS RUAS EM PROTESTO POR TRABALHO

(Agência Brasil) Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires neste sábado (7) em protesto contra a falta de empregos e a pobreza, em um país que sofre há anos com a crise econômica, intensificada pela pandemia de coronavírus.

Organizações de desempregados e grupos de esquerda encabeçaram o protesto que começou em uma igreja a oeste da capital argentina, para onde peregrinam anualmente milhares de pessoas para pedir por emprego no santuário de San Cayetano – patrono local do trabalho -, terminando na Praça de Maio, em frente à sede do governo.

“Venho pedir pelas pessoas que não têm trabalho: meu irmão não tem, meus vizinhos ficaram sem trabalho e muita gente que vemos que está mal de todas as formas”, disse Néstor Pluis, auxiliar escolar de 41 anos.

A Argentina busca crescer 7% em 2021 para deixar para trás uma recessão com inflação alta iniciada em 2018, que foi agravada pela quarentena decretada com a pandemia de covid-19. A crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%.

GRÉCIA COMEÇA A AVALIAR DANOS APÓS SEMANA DE INCÊNDIOS DEVASTADORES

(Agência Brasil) Autoridades da Grécia começaram a avaliar os danos dos incêndios que devastaram grandes áreas de floresta e forçaram milhares de pessoas a deixar suas casa ao longo da última semana. Outros incêndios se espalhavam sem contenção em muitas partes do país nesta segunda-feira (9).

A maior frente estava na ilha de Evia, ao leste da capital, que já obrigou a retirada de moradores de dezenas de vilarejos e milhares de pessoas, e chamas destruíram florestas e lares no norte da ilha.

O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis deve realizar uma reunião ministerial ainda hoje para decidir medidas de alívio para aqueles que perderam propriedades para o fogo.

“Nossa meta é completar o inventário o mais rápido possível, para iniciar imediatamente o processo de compensar nossos cidadãos afetados”, informou o Ministério da Infraestrutura e dos Transportes em comunicado.

Em Evia, que é a segunda maior ilha grega e fica próxima do continente, aeronaves que derramam água encontravam dificuldade para operar por causa das colunas grandes de fumaça que cobriam a área, disseram autoridades.

Os incêndios começaram durante a pior onda de calor na Grécia em três décadas na semana passada, causando temperaturas escaldantes e calor seco. As temperaturas chegaram a baixar um pouco, mas a previsão é de que voltem a subir durante a semana, o que significa que o risco continua alto.

Em Atenas, as autoridades começaram a avaliar os danos de um incêndio que varreu vários subúrbios do norte da cidade, na semana passada, e começou a recuar no sábado.


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BOLSAS E CÂMBIO

Na Europa, as bolsas do continente fecharam com resultados mistos nesta segunda-feira (09). O último relatório de exportações da Alemanha, com dados fortes, não teve impacto imediato no mercado. Os setores de saúde e serviços públicos tiveram desempenho positivo hoje, mas os investidores atuam com cautela por conta da forte disseminação da variante Delta do novo coronavírus. Confira os números do mercado europeu:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,15% (470,68)
  • DAX (GDAXI): -0,10% (15.745,41)
  • FTSE 100 (FTSE): +0,13% (7.132,30)
  • CAC 40 (FCHI): -0,06% (6.813,18)
  • FTSE MIB (FTMIB): +0,54% (26.139,43)

Na Ásia, o dia também foi de resultados mistos. A variante Delta também preocupa o continente asiático, os dados da balança comercial chinesa divulgados hoje ficaram abaixo do esperado pelo mercado. No Japão, a bolsa de Tóquio ficou fechada por conta de um feriado. Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): +0,40% (26.283,40)
  • KOSPI (KS11): -0,30% (3.260,42)
  • Shanghai Composto (SSEC): +1,05% (3.494,63)
  • Nikkei 225 (N225): 0,00% (27.828,04)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,30% (4.985,56)

Nos Estados Unidos, Wall Street também operou sem sinal único. Com ações do setor energético em baixa, Dow Jones e S&P 500 tiveram baixa, enquanto a Nasdaq operou com lucros nesta segunda. Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): -0,30% (35.101)
  • S&P 500 (SPX): -0,09% (4.432)
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,16% (14.860)

No câmbio, o dia foi de desempenho tímido das principais moedas estrangeiras. O euro ficou próximo à estabilidade hoje, enquanto o dólar teve resultado positivo na casa dos 0,20%. Confira a cotação do dólar e do euro:

  • Dólar: +0,23% (R$ 5,24)
  • Euro: +0,03% (R$ 6,15)

Imagem em destaque: COB / divulgação

Guilherme Guerreiro

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