Nesta terça-feira (23), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a Rússia cometeu crimes de guerra contra a Ucrânia.
Desde o início da guerra julgam injusta e não provocada pela Ucrânia, o Departamento de Estado Americano publicou nota em repúdio dos chamados “ataques indiscriminados” contra civis, escolas, hospitais, ambulâncias, ferindo pessoas e desestabilizando as cidades da Rússia.
O Alto Comissariado para direitos humanos da ONU já havia expressado em relatórios sobre o seu descontentamento com a guerra, incluindo também o ocorrido na maternidade de Mariupol, onde milhares de pessoas ficaram presas em prédios atingidos na cidade.
Um dos objetivos do presidente Putin seria “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia e substituir o governo do país por um governante pró-Rússia.
O último presidente da Ucrânia Petro Poroshenko, conhecido popularmente como “o rei do chocolate”, por ser dono de uma das maiores fábricas de chocolate do mundo, foi o primeiro a ter um posicionamento mais pró-ocidental.
Não é à toa que o posicionamento do governo de Poroshenko o levou a anexação da Crimeia em seu primeiro ano de mandato presidencial, em 2014. Em seu governo, ele havia dado o primeiro passo em direção ao Membership Action Plan (MAP), uma formalização para a aderência da Ucrânia a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN.
Em fevereiro de 2019, já no governo de Volodymyr Zelensky, as mudanças na constituição da Ucrânia foram concretizadas para se enquadrar nas exigências de aderência à OTAN.
Apesar disso, os EUA não tomaram ainda medidas mais efetivas na Ucrânia por temerem uma guerra que tome proporções ainda maiores. O chamado Mutual Assured Destruction, o MAD é uma doutrina de estratégia militar que assume que uma vez que potências nucleares entrarem em conflito direto, poderiam causar uma destruição total.
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Enquanto isso, os EUA aplicam um dos mais severos conjuntos de sanções econômicas da história para inibir a Rússia. A OTAN se reúne nesta manhã (24) em caráter extraordinário em Bruxelas para discutir a segurança militar europeia.