De acordo com o Federal Reserve (Fed), a inflação dos Estados Unidos continua elevada apesar das desacelerações de novembro e dezembro, que deixaram o IPC com uma taxa anual de 6,5% no acumulado do ano.
A declaração faz parte da ata da última reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do primeiro dia de fevereiro. Na ocasião, as taxas de juros foram ajustadas em 25 pontos-base para um intervalo variável de 4,5% a 4,75%.
A ata também aponta para um cenário desafiador externamente:
“A economia externa desacelerou no quarto trimestre, pesada pelas consequências da desaceleração na China devido à COVID-19 e repercussões da guerra da Rússia contra a Ucrânia”, aponta a autoridade monetária.
Apesar de apontar um cenário de desaceleração no fim de 2022, a reabertura econômica da China com o fim da política de Covid Zero deve impactar o crescimento global no ano que vem.
“Na China, a direção para o fim das políticas de Covid Zero aparenta ter resultado em um aumento rápido nos casos relacionados ao vírus no fim do ano, mas também em um retorno na atividade enquanto as restrições foram removidas rapidamente”.
Em relação à guerra na Ucrânia, os membros concordaram que o conflito contribui para um aumento substancial na incerteza global. Além disso, a autoridade segue atenciosa quanto aos riscos inflacionários.
A tarefa do Fed de trazer a inflação para a meta de 2% não é simples. O IPC de janeiro somou 6,4%, acima do esperado, e o mercado de trabalho segue apertado, corroborando para a hipótese de que as taxas de juros ainda não causaram o efeito desejado.
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