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Inflação dos EUA pode confirmar quarto aumento de 0,75 p.p. nas taxas de juros

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O Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS) dos Estados Unidos divulgou a inflação oficial do país nesta quinta-feira (13), demonstrando uma alta anual de 8,2% com um avanço mensal de 0,4%. 

O mercado aguardava por um aumento de 0,4% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), mas o resultado consolidado dos últimos 12 meses surpreendeu. 

Para especialistas, os dados divulgados hoje podem confirmar que a próxima reunião de política monetária do Fed pode contar com um quarto ajuste consecutivo das taxas de juros em 75 pontos-base. 

Isso porque a inflação se provou mais disseminada e menos temporária do que previamente previsto no início do ano, pressionada por custos de moradia, alimentação e produtos médicos no mês de setembro. 

Além disso, os últimos dados de emprego dos EUA mostram que o mercado trabalhista segue apertado. 263 mil vagas foram criadas em setembro, número que surpreendeu levemente o mercado apesar da desaceleração ante o mês anterior. 

O grande sinal do mercado trabalhista é que o aumento nas taxas de juros, que procuravam por um esfriamento no aquecimento da geração de emprego, ainda não gerou o efeito desejado. Os gastos de consumo seguem pressionados no país.


Saiba mais

Inflação dos EUA desacelera e cai para 8,2% em setembro


A procura da meta, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) pode optar por mais um significativo aumento nas taxas variáveis de juros, que hoje estão em um intervalo entre 3% e 3,25%. 

A tarefa, porém, não é fácil. É um momento sensível para o governo democrata de Joe Biden, que busca por uma maioria na Câmara de Representantes dos EUA e no Senado durante as eleições deste ano. 

Além dos problemas domésticos, os EUA lidam com problemas geopolíticos. Além do agravamento da guerra na Ucrânia, que traz novas pressões no mercado energético, a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) pode aumentar os custos do petróleo, que caíram nos últimos meses com o medo do mercado de uma recessão global. 

O cartel optou pelo corte de 2 milhões de barris por dia (bpd) na oferta global da commodity em resposta às quedas recentes. A medida pode pressionar o produto que foi o grande responsável pela grande desaceleração na inflação dos Estados Unidos. 


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Juan Tasso - Smart Money

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