Nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin – presidência russa – Dmitry Peskov afirmou que avanços significativos ainda não aconteceram nas negociações por um cessar-fogo no conflito com a Ucrânia. Autoridades de Moscou acusam o governo ucraniano de empacar as negociações com propostas com condições inaceitáveis para o fim da guerra.
“Para que a gente fale em uma reunião entre os dois presidentes, o dever de casa deve ser feito. Negociações devem ser conduzidas e os resultados acordados”, apontou o porta-voz russo. “Não houve nenhum progresso significativo até agora”.
Por fim, Peskov ainda indicou que países aliados a Ucrânia devem orientar o país a abordar as negociações de uma forma diferente. “Aqueles (países) que puderem devem usar sua influência sobre Kiev para torná-la mais acolhedora e construtiva nessas negociações”, afirmou.
Nesta segunda-feira, a Ucrânia desafiou o ultimato dado por Moscou em Mariupol, cidade no sudeste ucraniano. O exército russo ordenou que as forças militares na cidade se rendessem até as 5h (horário local) de hoje. Para a vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk, a rendição não é uma possibilidade.
Saiba mais
“Não pode haver nenhuma forma de rendição, ou de abaixar as armas”, apontou. “Já informamos os russos sobre isso”. Para o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, as forças ucranianas em Mariupol estão desempenhando um papel vital em empacar a ofensiva russa em território ucraniano.
“Por sua dedicação e coragem super-humana, dezenas de milhares de vidas na Ucrânia foram salvas. Hoje Mariupol está salvando Kiev, Dnipro e Odessa”, apontou Reznikov.