De acordo com informações confirmadas pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, Lukasz Jasina, nesta terça-feira (15), um míssil de fabricação russa caiu na cidade de Przewodów, matando dois cidadãos do país.
A situação imediatamente provocou reuniões de emergência no alto escalão do país. Países membros e líderes do G20 e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também se reuniram nas últimas horas para decidir acerca dos próximos passo.
O acontecimento preocupa por envolver, pela primeira vez desde o início da guerra, um país pertencente à Otan, podendo agravar a situação de conflito no leste europeu. Até o momento, nenhum país do bloco militar se envolveu militarmente no confronto.
Embora ajuda humanitárias tenham sido enviadas, tanto a Otan como os EUA prometeram defender a soberania dos países pertencentes ao bloco militar. Hoje, a Ucrânia luta para ser um membro, mas ainda não é o caso.
De acordo com o Artigo 4 da Otan, “as Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes”.
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As últimas informações confirmadas pelo presidente da Polônia, Andrzej Duda, porém, apontam que o míssil que atingiu o país pode ter partido da força aérea da Ucrânia. Além disso, disse não ter obtido provas de que o ataque foi intencional.
Na Otan, o secretário-geral Jens Stoltenberg corroborou com o chefe de estado polonês e disse que o ataque, não intencional, provavelmente partiu das forças ucranianas.
As análises preliminares apontam que o projétil foi lançado como uma tentativa de defesa contra a artilharia aérea russa, que que tenha caído na Polônia de forma acidental.
Stoltenberg ainda ressaltou que a responsabilidade segue sendo da Rússia, que, segundo ele, continua uma guerra ilegal no leste europeu.
Mesmo com indícios de que a Rússia não atacou deliberadamente um país membro da Otan, a situação preocupa o mercado global, que já sofreu as duras consequências econômicas desde o início do ano.
A guerra na Ucrânia trouxe imensas pressões sobre o mercado energético global, impulsionando o petróleo para US$ 130 por barril na primeira semana de conflito. Além disso, sanções impostas pela Europa e EUA e retaliações da Rússia colocaram a Zona do Euro em uma das piores crises de sua história.
Na Zona do Euro, a inflação já soma 10,7% de acordo com dados do IPC de outubro, um recorde para o bloco. No Reino Unido, a alta dos preços é de 11,1%, prejudicando o custo de vida da população.
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