De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (01), o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial da China teve a maior expansão em 11 anos, de 52,6 pontos em fevereiro. A expectativa apontava para 50,5 pontos.
Em janeiro, o PMI industrial havia ficado em 50,1 pontos. De acordo com a metodologia do índice, uma pontuação acima de 50 pontos indica expansão no setor.
O resultado é um sintoma direto do fim das políticas de Covid Zero no país, que paralisaram grandes centros comerciais durante mais de dois anos em uma tentativa de levar a zero os números de casos da doença.
Apesar de um grande apoio da própria população, tudo mudou quando um incêndio atingiu um prédio em Urumqi, capital de Xinjiang, matando 10 pessoas. Na época, as rígidas políticas de confinamento foram consideradas responsáveis por manifestantes pela demora na resposta dos bombeiros.
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Com grandes manifestações tomando os principais centros comerciais, o governo chinês decidiu pelo fim das restrições mais rígidas que antes colocaram dezenas de milhões de pessoas sob quarentena.
A reabertura econômica no país deve enviar uma onda de choque em todo o mundo. Além de possivelmente impulsionar o crescimento econômico global, também gera preocupações de países europeus, já que a China é um grande consumidor no mercado energético, que segue sendo um ponto de inflexão graças a guerra na Ucrânia.
A retomada na demanda pode ser uma boa notícia para o Brasil. Para se ter ideia da importância da China para o comércio brasileiro, a balança comercial ficou com um saldo superior em US$ 400 milhões em 2022 em relação a 2021 graças a um aumento na demanda chinesa em dezembro, principalmente considerando o setor da agropecuária.
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