De acordo com o relatório divulgado pelo premier Li Keqiangm da China no domingo (05), a meta para o crescimento econômico foi definida para “por volta de 5%” em 2023 após crescer 3% em 2022.
É a menor meta para o PIB em décadas, apesar de um crescimento econômico aquém do esperado no ano passado. Para a inflação, o relatório aponta para uma meta de 3% para o ano e uma taxa de desemprego em 5,5% nas áreas urbanas.
A intenção, de acordo com o relatório apresentado no encontro anual do National People’s Congress (NPC), é de promover a estabilidade econômica no país, que ainda passa por duras consequências da pandemia de COVID-19.
O governo encontrou “inúmeras dificuldades”, aponta o relatório apresentado por Li. Um dos principais problemas é em relação a demanda, que ainda não está estabilizada. A estabilização no ritmo de novos empregos é “difícil”, considerando especialmente a situação fiscal em governos locais.
Saiba mais
Varejo da Zona do Euro cai mais que o esperado em fevereiro
2023, porém, conta com boas projeções para o PIB do dragão vermelho. Algumas análises, inclusive, projetam uma expansão acima de 5% no ano.
Isso acontece devido a retomada intensa da demanda interna na China após a revogação das intensas políticas de Covid Zero que paralisaram grandes centros comerciais no ano passado.
Um dos primeiros sinais de uma grande reabertura econômica foi sentido no Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial. Em fevereiro, registrou 52,6 pontos, acima do esperado e representando a maior expansão do setor desde 2012.
Mesmo assim, Li alerta que “muitos dificuldades e desafios ainda nos confrontam” para 2023.
A apresentação do relatório acontece em um momento importante para a administração de Xi Jinping, que promove desde outubro uma verdadeira reforma nas instituições governamentais e no próprio partido.
As mudanças incluíram uma troca completa no Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), hoje composto por sete altos líderes do Partido Comunista. É esse comitê quem administra o Politburo, hoje composto por 25 membros.
A troca é importante pois pode definir de que forma o alto escalão do partido se alinhará em relação ao mercado e aos interesses econômicos chineses. Alguns analistas escutados pela Financial Times, por exemplo, apontam que parte desses membros ocuparam cargos em governos locais.
Quer começar a investir com o auxílio de um assessor de investimentos?
Clique no link, conheça a Messem Investimentos e inicie a sua jornada no mundo dos investimentos.