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Putin diz que Rússia está pronta para ajudar a resolver crise de alimentos, Zelensky responde 

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Em conversa como o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia está pronta para ajudar a resolver a crise internacional de alimentos. No entanto, as sanções impostas a Moscou devem ser suspensas. 

A Rússia vem sofrendo com o mais severo pacote de sanções econômicas da história desde que foi iniciada a invasão à Ucrânia em 23 de fevereiro deste ano. Rússia e Ucrânia são dois dos principais exportadores de commodities do mundo e, com sanções contra a Rússia e portos ucranianos bloqueados, a cadeira global se encontra gravemente afetada com o conflito no leste europeu. 

“Vladimir Putin enfatizou que a Federação Russa está pronta para fazer uma contribuição significativa para superar a crise alimentar, com a exportação de grãos e fertilizantes, uma vez que as restrições com motivações políticas do Ocidente sejam suspensas”, apontou em nota o Kremlin – presidência russa. 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a posição russa como ‘extorsão’, acusando a Rússia de tirar vantagem da falta de oferta na cadeia global para sustentar o conflito. O mandatário de Kiev afirmou ainda que deseja um encontro direto com Putin para viabilizar de maneira assertiva o fim do conflito. 

“Há coisas para discutir com o líder russo (Putin). Não estou dizendo que, para mim, nosso povo está ansioso para falar com ele, mas temos que enfrentar a realidade do que estamos vivendo”, afirmou. O presidente ucraniano apontou ainda que Moscou não parece estar disponível para conversas sérias sobre o fim do conflito. 

A última vez em que as delegações russa e ucranianas conversaram presencialmente foi no dia 29 de março. Desde então, as negociações seguiram em formato de videochamadas e, segundo fontes, o progresso nas mesmas se manteve estagnado. Ontem à noite, Zelensky voltou a defender um endurecimento das sanções contra a Rússia como maneira de cercar Moscou economicamente. 

“A pressão sobre a Rússia é, literalmente, uma questão de salvar vidas. E cada dia de procrastinação, fraqueza, várias disputas ou propostas para ‘pacificar’ o agressor às custas da vítima significa apenas mais ucranianos sendo mortos”, apontou o presidente ucraniano. Zelensky voltou a reclamar do fato que os países-membros da União Europeia (UE) ainda não conseguiram chegar a um acordo para o sexto pacote de sanções à Moscou. 

Economicamente, no entanto, a tarefa pode ser quase inviável para os países europeus. Os dados da balança comercial na zona do euro e na UE revelaram um déficit recorde na região, números pressionados principalmente pelo aumento nos custos de importação de matrizes energéticas.


Saiba mais 

Segunda revisão do PIB dos EUA aponta uma maior retração econômica no primeiro trimestre


No primeiro trimestre de 2022, o volume de importações da Rússia para o bloco mais do que dobrou na comparação com os dados do mesmo período de 2021. Com o preço do gás natural, petróleo e outras commodities energéticas em disparada, a UE pode ter dificuldades para barrar as importações vindas da Rússia. 

Guilherme Guerreiro

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