De acordo com dados divulgados pela Bureau of Economic Analysis (BEA) dos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira (29), o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve retração de 1,6% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado.
A terceira e última revisão do PIB piorou os resultados da última divulgação, da última semana de maio, que apontava uma retração de 1,5%.
De acordo com o BEA, a revisão para baixo se deu por melhores estimativas das despesas de consumo pessoal (PCE em inglês) que haviam sido compensadas por resultados do investimento em estoque privado.
A retração do primeiro trimestre também é resultado direto da pandemia de COVID-19 e da variante Ômicron.
“No primeiro trimestre, um aumento nos casos de COVID-19 relacionados à variante Ômicron resultou em restrições e disfunções em operações em parte do país”, disse o BEA. “A assistência governamental em forma de empréstimos para as empresas, bonificações para governos locais e benefícios sociais reduziram na medida em que diversos programas federais encerraram”.
Os economistas acompanham de perto os resultados inflacionários e de crescimento econômico dos Estados Unidos, analisando principalmente os efeitos da guerra da Ucrânia.
Resultados do consumo do país acelerou em abril, um efeito rebote dos resultados anteriores, mas o momento de alta pode estar sendo perdido na medida em que as medidas de política monetária do Fed enviam ondas de medo de uma recessão.
O último reajuste de 0,75 p.p. nas taxas variáveis de juros do país foi classificado como “atípico” pelo chairman do Fed, Jerome Powell. É aguardado que próxima reunião do FOMC ajuste de 0,50 p.p. a 0,75 p.p. novamente, mas o ritmo não deve seguir o mesmo até o término do ano.
O receio do mercado é que a corrida do Fed para tentar barrar os efeitos inflacionários não seja o suficiente para evitar retrações na economia em 2023. Na semana passada, Powell admitiu pela primeira vez que a possibilidade existe.