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Entendendo a taxa CDI: O indexador fundamental da Renda Fixa

4 Minutos de leitura

No universo dos investimentos, a taxa CDI é uma das referências mais importantes, especialmente para aqueles que investem em renda fixa. Apesar disso, ela não é oferecida diretamente para os investidores, você não pode investir diretamente em CDI, por exemplo.

Mas o que é CDI e como ele afeta seus investimentos? Vamos desvendar esse conceito e entender como ele se relaciona com o mercado financeiro.


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O que é CDI?

O CDI, ou Certificado de Depósito Interbancário, é um título emitido pelas instituições financeiras de curtíssimo prazo, que serve para que os bancos emprestem e tomem recursos entre si de um dia para o outro.

A razão da existência do CDI é a regulação do sistema financeiro. O Banco Central determina que os bancos devem encerrar todos os dias com saldo positivo de caixa. É uma medida de segurança que procura assegurar que o sistema financeiro seja estável e saudável. E a forma que as instituições utilizam para encerrar os dias com saldo positivo é através de empréstimos.

Quando os bancos fazem empréstimos entre si usando CDIs, eles cobram juros. Essas transações são registradas na B3, a bolsa de valores do Brasil, que calcula a taxa média de juros desses certificados interbancários em todo o mercado financeiro. Essa taxa, que a B3 divulga todos os dias, é chamada de “taxa DI”.

A taxa DI, que reflete a média dos juros das operações entre os bancos, tornou-se um padrão para o mercado financeiro como um todo. Apesar de ser um indicador diário, também é calculado mensal e anualmente. Hoje em dia, a taxa DI é a base para determinar a rentabilidade dos investimentos de renda fixa.

E como isso afeta os meus investimentos?

É dessa forma que o CDI se vincula com sua carteira de investimentos. A taxa média de juros cobrada nessas operações é uma referência para outras aplicações de renda fixa. Por isso, é bastante comum que a remuneração oferecida por um CDB, uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ou uma debênture seja expressa como um percentual do CDI.

A taxa do CDI é a principal referência de rentabilidade para os investimentos de renda fixa. Muitos são atrelados a esse indicador, e outros tantos o utilizam como benchmark – ou seja, como meta de desempenho. Há, inclusive, aplicações de outras categorias que fazem isso. É o caso de alguns fundos multimercados.

E quando a taxa do CDI flutua?

Muita gente ainda tem uma lembrança vívida dos tempos em que as aplicações de renda fixa rendiam 1% ao mês, sem muito esforço. Esse cenário mudou. Principalmente em 2020, com a queda dos juros básicos da economia brasileira ao menor patamar da história, a taxa do CDI também diminuiu. Isso demonstra a importância de se manter atualizado sobre as variações da taxa para entender como isso pode afetar a rentabilidade dos seus investimentos.

Em geral, quando a taxa do CDI cai, os investimentos ligados a esse indicador tendem a render menos. O oposto ocorre se a taxa do CDI aumenta em um determinado período. Mesmo para investimentos que não estão diretamente ligados ao CDI, mudanças na taxa podem ter impactos indiretos.

Os investimentos que usam essa forma de remuneração são conhecidos como pós-fixados. Isso significa que, embora o investidor saiba desde o início qual indicador será usado como referência (neste caso, o CDI), ele não sabe qual será o retorno real. Isso vai depender de como a taxa DI varia durante o período do investimento.

Com a Selic atualmente em 13,75% ao ano, o CDI também aumenta. Nesse cenário, os investimentos pós-fixados se tornam bastante atraentes para os investidores, pois começa a ser comum encontrar investimentos que pagam uma alta porcentagem (superior a 100%) do CDI disponíveis em grande quantidade.

Como investir?

Você já leu que não é possível investir diretamente no CDI, mas uma variedade de investimentos têm a remuneração atrelada à taxa. É o caso de alguns CDBs, LCIs, LCAs, debêntures, CRIs, CRAs e dos fundos DI.

Os CDBs, ou Certificados de Depósito Bancário, são títulos emitidos pelos bancos para levantar recursos para suas operações de crédito. Eles são muito populares e praticamente todas as instituições financeiras oferecem pelo menos um tipo aos clientes.

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) também são emitidas por instituições financeiras e contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por isso, lembram bastante os CDBs. Um ponto importante de destacar, é que estes títulos têm isenção do Imposto de Renda, podendo ser uma aplicação estratégica na carteira, em certos casos.

As debêntures também são títulos de crédito, que geralmente são emitidos para financiar grandes projetos. Cabe salientar que eles são negociados no mercado de capitais e não são emitidos por bancos, como os CDBs, LCIs e LCAs. Nesse caso, a emissão é feita por empresas.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do Agronegócio (CRAs) são títulos securitizados de renda fixa. Os CRIs são lastreados em recebíveis do setor imobiliário – como financiamentos de imóveis, por exemplo. Já o lastro dos CRAs são recebíveis ligados ao agronegócio.

Portanto, entender a taxa CDI e como ela afeta seus investimentos é fundamental para tomar decisões financeiras mais informadas e conscientes. Mantenha-se atualizado e faça escolhas inteligentes para alcançar seus objetivos financeiros.


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