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Estudo aponta retomada lenta da economia pós pandemia

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Alguns setores da economia começaram a retomar as atividades após o impacto negativo causado pela pandemia do novo coronavírus. Conforme destaca estudo realizado pelo Itaú Unibanco, apenas 4 dos 14 setores analisados já conseguiram superar as perdas geradas nas atividades pela covid-19.

Apenas o agronegócio, o setor de alimentos, algumas áreas da construção civil e da tecnologia, como aplicativos de entrega e vendas online podem contar com uma demanda igual ou até mesmo superior à registrada no começo do ano, antes da adoção de medidas de restrição para conter o vírus. Setores como o de vestuário e eletroeletrônicos ensejam recuperação, porém enfrentam dificuldades para dar conta da demanda, que esquentou antes do esperado pelo mercado. Neste caso, muitas empresas ainda estão tentando se reorganizar para atender ao público.

A crise obrigou os empresários a tomar créditos, diminuir quadro de funcionários e ampliar a ociosidade das fábricas, já que as encomendas de produtos diminuíram drasticamente. Em abril, o auxílio emergencial propiciou aquecimento no consumo, porém as empresas, com estoques baixos e operações reduzidas em até 60% da capacidade, foram pegas de surpresa e não conseguiram atender à demanda de imediato.

Responsável pelo relatório do Itaú Unibanco, o economista Pedro Renault afirmou que o mercado foi surpreendido. “O resultado é que, temporariamente, a demanda por itens como celulares, geladeiras e produtos têxteis supera a capacidade de produção, o que pode levar a riscos temporários de desabastecimento, com impacto imediato no aumento de preços”, completou. 

Longe da recuperação estão os setores de turismo, companhias aéreas e o ramo automotivo. A retomada no Brasil é assimétrica e ainda há muitos obstáculos a serem enfrentados. “É uma retomada que, apesar de surpreender pela velocidade, é ainda repleta de dúvidas”, destacou Renault.

Agronegócio não viu crise na pandemia

No agro, a recuperação é plena. O setor foi favorecido por uma combinação de robustez da demanda global, principalmente da China, desvalorização do real – que se aproxima de 40% neste ano, e recorde da safra na produção de grãos.

No varejo de alimentos para consumo e na indústria, o segundo trimestre foi de crescimento intenso, principalmente nos itens básicos. Ambos segmentos estão no grupo que foi beneficiado pelo auxílio emergencial, que deve injetar R$ 321,8 bi neste ano, principalmente nas classes mais baixas.

A construção civil está tendo demanda habitacional, tanto nas vendas de imóveis novos quanto nas reformas dos já existentes. Este movimento também impulsiona demanda da indústria de materiais de construção. A aquisição de imóveis novos se concentrou nos produtos mais econômicos, como os que integram a faixa do Minha Casa, minha vida. Dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) apontam que, em agosto, foram vendidos 6.350 apartamentos novos, aumento de 46,3% em comparação a julho do ano passado e 35% acima de agosto de 2019. No acumulado de 12 meses, 48.885 unidades foram vendidas, o que representa alta de 17,1% ante os 12 meses anteriores.

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