O volume de serviços no Brasil apresentou um crescimento surpreendente de 0,9% em maio, superando a previsão dos analistas de uma alta de 0,3%. Este avanço ocorreu após uma queda de 1,5% em abril, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com maio de 2022, o setor de serviços registrou um crescimento de 4,7%, marcando a 27ª alta consecutiva. Com o avanço registrado em maio, o setor de serviços opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 2,0% abaixo do pico da série histórica (dezembro de 2022). Nos primeiros cinco meses do ano, o volume de serviços teve uma expansão de 4,8% em comparação com o mesmo período de 2022. Nos últimos doze meses, a alta foi de 6,4%.
O crescimento em maio foi impulsionado por quatro atividades monitoradas pelo IBGE. O setor de transportes, que cresceu 2,2% (recuperando uma parte da queda de 4,3% em abril). Outros setores que tiveram avanços foram os serviços prestados às famílias, medida diretamente ligada ao consumo (+1,1%), outros serviços (+0,6%) e informação e comunicação (+0,2%). Em relação às quedas, a única categoria que se encaixa é serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%).
Na comparação regional, houve expansão no volume de serviços em 24 unidades da Federação. Mato Grosso (22,5%), Rio de Janeiro (3,4%), Minas Gerais (2,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Goiás (5,0%) exerceram as maiores influências sobre o resultado geral. O resultado do Mato Grosso,que se destaca frente a outras atividades, está diretamente ligado ao agronegócio.
Esses resultados positivos do setor de serviços, aliados à queda nas projeções de inflação e à expectativa de redução da taxa Selic, trazem um cenário otimista para a economia brasileira nos próximos meses.
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