A Cielo (CIEL3) teve uma queda significante no lucro trimestral referente ao 3T20. A companhia que já enfrentava concorrência no setor, sofreu ainda mais com os efeitos econômicos da covid-19 e não conseguiu evitar queda de 71,6% no seu lucro líquido, que foi de R$ 100,4 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa também mostrou retração. A queda foi de 33,7% na comparação anual, totalizando R$ 480 milhões. Ante ao segundo trimestre, entretanto, o número teve uma alta de 103,4%.
A boa notícia para a empresa é que o volume financeiro captado conseguiu recuperar a média alcançada antes da pandemia de coronavírus e registrou aumento de 29,4% na comparação com o segundo trimestre do ano. Mesmo assim, os impactos da Covid-19 continuam afetando fortemente a empresa, e o volume financeiro representa queda de 3,6% se comparado com o mesmo período de 2019, totalizando R$ 165,3 bilhões.
No balanço divulgado, a Cielo destacou que “o montante pago de forma antecipada aos pequenos e médios varejistas representou em uma penetração recorde de 31,8% do volume de crédito”. A companhia ainda afirma que o crescimento só foi possível pela adoção de estratégias de alocação de recursos, anunciada em março, que fomentaram o pagamento antecipado de recebíveis de cartão de crédito para o segmento.
A Cielo encerrou o terceiro trimestre com mais de 1,4 milhão de clientes, um aumento de 6,8% na comparação com o segundo trimestre. O crescimento reflete a produtividade da força comercial do varejo, que voltou a crescer e atingiu os níveis do pré-pandemia.
A receita líquida foi de R$ 2,882 bilhões, 2,9% a mais que em 2019, no mesmo período e 17,6% a mais que no último trimestre. A companhia explica o aumento dizendo que este volume capturado foi possível devido às flexibilizações de restrições de funcionamento de estabelecimentos do país, bem como pela valorização do dólar nas receitas controladas pela Cielo USA.
