Saiba quais são as principais notícias desta manhã, para começar o seu dia bem informado.
1- Bolsas tentam recuperação após quarta-feira de quedas
A segunda onda de contaminação por coronavírus continua preocupando os investidores europeus. Ontem (28), as bolsas europeias fecharam o dia na maior baixa dos últimos cinco meses. Economistas estimam que as principais economias do continente encolham no último trimestre do ano. A França pode ter redução de 4% e a Alemanha, de 1%. O Banco Central Europeu deve se reunir hoje para debater a possibilidade de um pacote de estímulos a ser lançado em dezembro.
O índice Euro Stoxx começa o dia em alta de 0,33%. O FTSE 100, em Londres, registra alta de 0,18 e o DAX, na Alemanha, sobe 0,45%. Na Itália, o FTSE MIB valoriza 0,22% e o CAC, de Paris, sobe 0,18%.
Nos Estados Unidos o cenário do mercado também é de recuperação após as quedas de ontem. Os casos de Covid-19 seguem crescendo e, segundo o ex-administrador chefe da FDA, Scott Gottlieb, a trajetória de contaminação nos EUA deve estar cerca de três a quatro semanas atrás da Europa.
O índice S&P 500 sobe 0,71% e o Nasdaq registra alta de 1%. O Dow Jones futuro registra valorização de 0,59%.
Hoje serão divulgados os resultados das principais empresas de tecnologia do mundo, como Amazon, Apple, Facebook e Alphabet – dona do Twitter e Google. Elas concentram cerca de US$ 5 trilhões.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda no dia de hoje. O índice Nikkei, japonês, registrou queda de 0,37% enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 0,49%. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,9% e o índice Shanghai fechou em alta de 0,11% na China.
2- Agenda dos Investidores
Ontem a noite a expectativa sobre a taxa básica de juros da economia se confirmou. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a Selic em 2% ao ano. A decisão tranquilizou economistas em relação às expectativas de longo prazo da autoridade, o forward guidance. Preocupações com o quadro fiscal e a inflação continuam como alerta.
O governo brasileiro divulga ainda hoje os resultados primários e dados da criação de empregos formais.
Às 7h, a União Europeia apresenta os dados sobre a confiança industrial, serviços, consumidor e na economia em geral. Às 9h45, a taxa de refinanciamento principal do Banco Central Europeu deve ser apresentada.
Às 8h, a FGV divulga os índice de inflação IGPM.
Nos EUA, às 9h30, o governo divulga os dados do PIB para o terceiro trimestre no país. Economistas esperam alta de 32% na comparação trimestral, após 31,4% de queda no último trimestre. No mesmo horário serão apresentados os dados sobre novos pedidos de seguro-desemprego. A estimativa é de 770 mil pedidos. Dados de consumo pessoal, índices de preços e principais gastos pessoais do 3T20 serão divulgados. Às 11h é a vez da divulgação dos dados sobre a venda de casas pendentes dos Estados Unidos.
3- Bolsonaro revoga decreto
O dia de ontem (28) foi de muita repercussão sobre o decreto nº 10.530, assinado pelo presidente, Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O documento autorizava estudos para realizar parcerias entre os setores público e privado, visando a construção e administração de algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Debates sobre uma possível privatização do SUS entraram em pauta.
Bolsonaro recuou, revogando o decreto, mas se posicionando a favor de viabilizar a finalização de obras nos Sistema Único de Saúde por meio de parcerias. Segundo o presidente, foi criada uma falsa ideia de pretensão de privatização do SUS.
O ministério da Saúde, por meio do ministro Eduardo Pazuello, demorou a se posicionar sobre o decreto, e alegou que “a participação privada no setor é importante diante das restrições fiscais e das dificuldades de aperfeiçoar o modelo de governança por meio de contratações tradicionais”. De acordo com o Estadão, o ministro Pazuello foi pego de surpresa com a revogação do decreto.
4- Investimentos da iniciativa privada ensaiam retomada
A leitura da Sondagem de Investimentos da FGV informa que a intenção de investimentos da iniciativa privada devem retomar nos próximos meses. A pesquisa da fundação consultou 4.050 empresas. De abril a junho houve retração recorde nos setores de indústria, serviços, comércio e construção. Entretanto, o levantamento trimestral sinaliza maior intenção de investimento para o próximo ano.
Segundo a pesquisa, a intenção de investimentos na indústria atingiu 104,1 pontos. No comércio, chegou aos 109,9, na construção, 94,3 e em serviços, 91,4 pontos.
Mesmo com o reaquecimento do setor, cerca de um terço dos empresários consultados ainda não demonstra confiança para investir nos próximos meses. O número de empresários incertos é menor, já que no segundo trimestre, cerca de metade das empresas consultadas não tinha previsão de voltar a investir.
5- Notícias do setor corporativo
A Vale reportou aumento de 76% no seu lucro do terceiro trimestre, em comparação a 2019. Resultados são impulsionados pela demanda chinesa e pela alta do preço do minério de ferro. O lucro líquido chegou a US$ 2,9 bilhões.
A Petrobrás apresentou prejuízo de R$ 1,5 bilhão no mesmo período. A empresa informou que o mau resultado foi causado pela adesão a programa de anistia tributária. O Ebitda foi de R$ 33,4 bilhões, ante os R$ 32,6 bilhões registrados em 2019.
O Banco Bradesco anunciou lucro recorrente de R$ 5 bilhões no 3T20, 15% acima da média de estimativas. O patamar é 23,1% abaixo dos lucros registrados no último ano.
A Ambev informou lucro de R$ 2,274 bilhões no terceiro trimestre do ano, recuo que representa 8,9% na comparação anual.
Foto: Agência Brasil / Reprodução
