A Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) anunciou nesta quinta-feira (12), o primeiro reajuste nos combustíveis neste mês de novembro em suas refinarias. O reajuste da gasolina ficará em 6% – atingindo 1,7536 por litro – enquanto o diesel terá elevação de 5% – valor médio passa a ser de 1,6480 por litro – considerado o maior nível desde o início de setembro. A alteração na tabela de preços vem na rasteira de dois cortes consecutivos na gasolina e um no diesel em outubro. Lembrando que no acumulado do ano, a cotação da gasolina registra queda de cerca de 8,5%, e a do diesel uma baixa de quase 30%.
Tanto a gasolina quanto o diesel apresentam-se, neste momento, distantes das mínimas registradas lá nos dois primeiros meses do 2º trimestre – bem no auge das consequências das medidas restritivas pertinentes a pandemia – quando o litro da gasolina chegou a ser negociado a menos de R$ 1,00 pela estatal, com o diesel registrando queda de R$ 1,30.
Especialistas no setor apontam que estes reajustes atuais, no mercado interno, se apresentam justamente quando se registra agitação de alta nos preços do petróleo no mercado internacional, embasado em uma vacina concreta contra o Covid-19. Enquanto isso, a estatal afirma que embasou seus preços em conformidade com a importação, surpreendida por razões como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio. O dólar, na quarta-feira (11), era negociado em queda de cerca de 0,3%, próximo dos R$ 5,40, depois de registrar queda nos últimos dias em meio a uma procura robusta por risco nos mercados financeiros, após o anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições dos EUA.
O reajuste anunciado nesta quinta-feira (12) nos preços nas refinarias acontece em meio a uma recuperação econômica no País, considerando o pós-efeito da pandemia. A BR Distribuidora – ex-subsidiária da Petrobras que teve seu controle vendido em julho de 2019 – disse que tem observado uma ascensão nas vendas de etanol, gasolina e diesel no 4º trimestre. A estatal, também a maior distribuidora de combustíveis do mercado interno, citou ainda a maior mobilidade nas cidades e uma recuperação da economia do país.
Por fim, enquanto o reajuste nas refinarias já é ponto decisivo, o repasse dos valores aos consumidores finais ainda não é conclusivo e deve analisar ainda fatores como margem de distribuição, revenda e impostos.
Foto: Reprodução/Brasil de Fato