O mês de novembro já chega praticamente na metade e uma boa notícia se espalha no mercado econômico. Se por um lado o índice inflacionário dos alimentos não caiu, pelo menos permanece estacionário. E sim, para o consumidor, que sente de imediato as oscilações da inflação, a notícia pode ser considerada positiva, ainda mais porque quanto mais estáveis, menor é a pressão inflacionária.
Segundo dados da Fipe, a inflação média dos alimentos nos últimos 30 dias, até a primeira semana deste mês, retrocedeu para 2,3% em São Paulo, um pouco abaixo dos 2,5% do final de outubro. Esse recuo aplica-se às variações menores de proteínas e dos óleos vegetais, ressaltando-se que as carnes de frango e suína tiveram alta superior a 7%.Porém o óleo de soja apontou uma variação acumulada de 16% em um mês. Salienta-se que estes índices são menores que os antecedentes.
Considerado o grande vilão deste período, o arroz entra em recuo. Hoje, ele registra uma elevação de 9%. Há uma semana, a alta acumulada era de 10,5% em 30 dias. No entanto, a batata começa a ter aumentos substanciais de preços, registrando um aumento de 23% em um mês. Mas segundo os economistas, o preço vai ser ainda mais pressionado, com registros que apontaram elevação entre 66% e 77% nos últimos 10 dias em companhias abastecedoras. Índices pesquisados pelo mercado mostram uma grande evolução na saca de 50 quilos, passando de R$ 69,00 no dia 10 de setembro, para R$ 126,00 em outubro e R$193 agora em novembro.
O setor aponta o clima – que antecipou a colheita – e que fez os preços acelerarem agora em novembro. Observa-se que uma manutenção da alta dos preços está sendo esperada pelos especialistas nos próximos meses, adentrando inclusive no ano de 2021. A seca atual deverá ter influência na produção de hortifrútis.
O tomate é outro produto do setor de hortifrutigranjeiros que apresentou alta nos preços, registrando um aumento de 18%. Isso fez com que outros produtos in natura seguissem o mesmo caminho de alta, subindo em média 7%, nos últimos 30 dias.
Aponta-se que as exportações acumuladas de arroz somaram até o mês passado, 1,69 milhão do cereal em casca, registrando desta forma 54% a mais do que em outubro do ano passado. As importações permaneceram imutáveis no período, somando 875 mil toneladas, segundo a especialistas do setor.
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