Um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INT), na cidade de Milão, demonstrou que o Covid-19 estava circulando na Itália desde setembro de 2019, ou seja, meses antes de ser apontado os casos iniciais na China, numa clara indicação de que o vírus teria se espalhado para além do país asiático antes do que se projetava. O que pode ter acontecido, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que a doença respiratória que o vírus causa, era desconhecida antes de o surto ser relatado pela primeira vez em Wuhan, na região central da China, em dezembro.
As descobertas do instituto se deu após a identificação de que 11,6% dos 959 voluntários saudáveis haviam criado anticorpos contra o coronavírus bem antes do primeiro caso ser registrado na Itália, que foi em 21 de fevereiro deste ano.
Um outro teste específico de anticorpos SARS-CoV-2 foi realizado pela Universidade de Siena em pesquisa intitulada “Detecção inesperada de anticorpos SARS-CoV-2 no período pré-pandêmico na Itália”. Os dados apontaram que quatro casos, registrados na primeira semana de outubro, também testaram positivo para os anticorpos, significando que foram infectados em setembro. Isso equivale a afirmar que pessoas positivadas e assintomáticas apresentaram anticorpos.
Este segundo estudo demonstrou ainda que o Covid-19 tem a capacidade de transitar por longos períodos entre a população e registrar baixos números de óbitos. E mais ainda, que o vírus não está desaparecendo e sim apenas para apresentar uma nova onda. (Com informações da agência internacional Reuters)
O ANTES E O AGORA
A doença foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, em 1 de dezembro de 2019. No entanto o primeiro caso foi reportado 30 dias mais tarde. Acredita-se que o vírus tenha uma origem zoonótica, porque os primeiros casos confirmados tinham principalmente ligações ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que também vendia animais vivos.
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto uma pandemia. Até esta segunda-feira, 16 de novembro de 2020, pelo menos 54.326,211 casos da doença foram confirmados em pelo menos 189 países e territórios, com cerca de 1.316,502 fatalidades reportadas e 34.908,450 pessoas curadas.
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