Nesta quarta-feira (25), a Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou seu Plano Estratégico de 2021 até 2025. No documento, a estatal revelou um corte de 27% em seu plano de investimentos, que será de de US$50 bilhões no período, visando manter a saúde do caixa da empresa, muito impactado pela pandemia de Covid-19, que fez a demanda e os preços do petróleo caírem ao redor do mundo.
No comunicado, a petroleira afirmou que concentrará suas operações na região do pré-sal, onde se encontram os campos de petróleo mais produtivos sob comando da Petrobras. Ao todo, 84% dos investimentos (US$46 bilhões) serão feitos para financiar a exploração e produção nos campos de petróleo. No plano anterior, a cifra destinada ao setor produtivo foi de US$64 bilhões. Ainda segundo a Petrobras, novas operações deverão ser aprovadas ou descartadas com base na possibilidade de lucros com o petróleo a preços de até US$35/ por barril.
Com o corte de gastos a vista, a expectativa é que a produção diária da Petrobras também caia. A nova projeção é que a petroleira produza cerca de 2,23 milhões de barris por dia durante o ano de 2021. Para 2020, a última projeção é de que o ano se encerre com uma produção média de 2,84 barris ao dia.
A Petrobras ainda reafirmou o objetivo de reduzir a dívida bruta da empresa para US$67 milhões em 2021 e para US$60 bilhões em 2022. Em relatório, a Credit Suisse afirmou que as projeções para 2021 são um pouco decepcionantes, mas que a expectativa é que a Petrobras se torne mais lucrativa conforme as dívidas da empresa diminuam, mesmo com um portfólio menor.
Às 17h14 (horário de Brasília), os papéis da Petrobras apresentavam baixa no Ibovespa nesta quinta-feira (26). As ações PETR3 caiam 1,91% (R$26,15), enquanto as ações PETR$ tinham baixa de 1,64% (R$25,82). No mesmo horário, os futuros do petróleo Brent apresentavam queda de 1,61% (US$47,75).
Imagem em destaque: G1 / divulgação