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Fim do auxílio emergencial deve impactar setor de varejo

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O mês de dezembro marcou o fim do auxílio emergencial no Brasil. Cerca de 60 milhões de beneficiários receberam a última parcela do “coronavoucher”. Entre maio e dezembro, o benefício foi responsável por manter uma parcela da população com algum poder aquisitivo, possibilitando que o setor de varejo se destacasse em meio a crise gerada pela pandemia da Covid-19.

Graças ao coronavoucher, o setor de comércio presenciou altas expressivas nos meses de maio, junho e julho, enquanto os demais setores da economia brasileira amargaram quedas nos resultados operacionais. Com o fim da ajuda, o setor deve finalmente começar a sentir os impactos da crise. Ouvido pelo SUNO Notícias, o gestor da Rio Verde Investimentos, Eduardo Cavalheiro, afirmou que o impacto da crise no varejo dependerá da geração de empregos. “Temos, nos últimos meses, tido bons resultados. Mas é necessário ver se eles vão continuar”, apontou.

 O desemprego, porém, é apenas um dos fatores de grande impacto no comércio para se observar em 2021. A pressão da inflação, que disparou especialmente no último trimestre do ano, deve interferir na retomada da economia nacional e, consequentemente, no desempenho do varejo. A taxa cambial desfavorável ao real também deve causar alta nos preços. Em um cenário de renda comprimida e preços inflacionados, especialistas preveem que o consumo seja afetado diretamente.


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Magazine Luiza será o destaque do varejo em 2021, segundo Safra


De acordo com os gestores entrevistados pelo SUNO Notícias, o cenário de menor consumo resultará em contexto de maior concorrência no setor de varejo. “Com o fim do auxílio emergencial, e o cliente sumindo, agora é um momento que todos estão apostando em estratégias e novos canais de vendas e de entregas. Os varejistas vão brigar para entregar resultados e manter seus níveis de vendas”, afirma Matheus Bicalho, especialista em investimentos ouvido pelo portal.

O cenário tem provocado movimentações por parte das varejistas, que vem buscando alternativas para manter o fluxo de capital em meio à crise. A Magazine Luiza, por exemplo, adquiriu a GFL Logística, enquanto a Amazon vem expandindo o seu número de armazéns no Brasil e é uma das interessadas em adquirir os Correios em um possível processo de privatização da estatal.

Segundo Bicalho, o varejo já havia sentido o impacto da diminuição no valor do auxílio de R$ 600 para R$ 300. E, além do fim do coronavoucher, o início de ano já é normalmente um período de vendas abaixo da média, com os consumidores em “ressaca” das compras de final de ano, além do pagamento de contas de vencimento anual (como IPTU e matrículas escolares), costuma-se ter um período de resultados mais discretos.

Imagem em destaque: Exame / divulgação

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Guilherme Guerreiro

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