A equipe econômica do governo federal estima que o país terá R$ 28,6 bilhões disponíveis para novos investimentos em 2021, conforme projeção feita em agosto de 2020. O valor, que já é o menor em 15 anos, ainda pode ser reduzido com a possibilidade de cortes para abrir espaço no orçamento para gastos obrigatórios.
Um dos fatores que pressionam por novos cortes é o recente reajuste no salário mínimo para R$ 1.100, acima dos R$ 1.067 estimados em agosto e usados como referência para o planejamento. Os R$ 37 adicionais do salário mínimo representam, ao todo, um aumento de R$ 11,6 bilhões nas despesas da União. Assim como o salário mínimo, a continuação da desoneração da folha de pagamento, que beneficia 17 setores da economia brasileira, também pressiona o orçamento.
O valor para investimentos é o menor desde, pelo menos, 2007. Os R$ 28,6 bilhões devem, no entanto, receber um incremento de aproximadamente R$ 10 bilhões provenientes de aprovações de emendas no legislativo. O valor a entrar, porém, não anula os possíveis cortes citados acima.
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O nível historicamente baixo preocupa especialistas, e alguns se mostram pessimistas até mesmo quanto a capacidade do governo de arcar com serviços essenciais. “Esse nível é historicamente baixo e, por isso, para cumprir o teto, seria preciso realizar um corte adicional que poderá ser impeditivo, isto é, poderia levar ao shutdown ou à paralisação de serviços essenciais, como temos alertado há bastante tempo”, afirmou o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe Salto, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Imagem em destaque: Uol / divulgação
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